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Cronologia da crise no BCP

A crise no BCP teve o seu início no falhanço da OPA ao BPI. São mais de três meses de acontecimentos que culminam na Assembleia geral de hoje. Saiba quais e leia todas as notícias relacionadas.

06 de Agosto de 2007 às 10:01
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7 de Maio

A OPA lançada pelo BCP sobre o BPI, a 13 de Março de 2006, fracassou no mercado, quando apenas 3,93% dos accionistas aceitaram vender as acções pelos sete euros da oferta, revista no final de Abril.

28 de Maio

Ainda antes da realização da assembleia geral anual do banco a polémica estalou com a proposta de alteração de estatutos apresentada por Jardim Gonçalves. As mudanças propostas pelo presidente do conselho geral e de supervisão previam um reforço dos mecanismos de blindagem do BCP e dos poderes e competências do órgão presidido por Jardim, ao qual passaria designadamente a caber a escolha do presidente do conselho de administração executivo. Joe Berardo e João Rendeiro iniciaram a contestação do ponto oito da ordem de trabalhos, que acabou por ser retirado na AG.

1 de Junho

No "Investor Day", Paulo Teixeira Pinto apresentou os novos objectivos estratégicos até 2010.

4 de Junho

A Sonangol adquire 2% do BCP, realizando um investimento de 250 milhões de euros, e manifestando vontade de chegar aos 5%. Depois da petrolífera angolana foram inúmeros os ajustamentos na estrutura accionista do BCP.

27 de Junho

A família Moniz da Maia regressa ao BCP e adquire 2%. O Banco Privado Português, que no final de Abril havia comprado 2%, reforça para 2,5%. A Teixeira Duarte ultrapassa os 5% e recebe autorização para chegar aos 10%. O Sabadell passa a deter 3,5%. E Joe Berardo, que no final de 2006 tinha 3% do capital do BCP, reforça a sua posição, que hoje está próxima dos 6%.

27 de Junho

Um grupo de sete accionistas do BCP - Manuel Fino, Vasco Pessanha, Diogo Vaz Guedes, Bernardo Moniz da Maia, Filipe de Botton, João Pereira Coutinho e Joe Berardo -, apoiantes de Paulo Teixeira Pinto, pedem a convocação de uma nova AG para alterar estatutos do banco. A proposta é no sentido da mudança do modelo de organização societária, assim como do aligeiramento da blindagem de estatutos.

3 de Julho

A AG extraordinária, convocada pela primeira vez na história do banco a pedido de accionistas, é marcada para 6 de Agosto.

4 de Julho

É tornada pública a carta enviada por Jardim Gonçalves aos accionistas, quebrando pela primeira vez o silêncio sobre a crise. Afirma que Teixeira Pinto nem sempre respeitou a obrigação de informar o conselho de supervisão e ataca os accionistas reunidos à volta do seu sucessor.

9 de Julho

A José de Mello vende a participação de 3,05% que detinha no BCP, afastando-se da guerra de poder que se vive no banco. A Teixeira Duarte, apoiante indefectível de Jardim Gonçalves, terá adquirido a maioria das acções, detendo hoje uma participação de cerca de 10%

9 de Julho

Jardim Gonçalves dá sinais de querer pacificar a situação que se vive no BCP na reunião do conselho geral e de supervisão, órgão que no dia anterior voltou a considerar que a proposta de alteração dos estatutos "é inoportuna e não serve os interesses do banco, dos senhores accionistas e demais "stakeholders"".

10 de Julho

Presidente da mesa da AG recebe novos pedidos de inclusão na ordem do dia da AG, entre eles o mais polémico: a destituição de cinco membros do conselho de administração executivo - Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias e Alexandre Gomes.

17 de Julho

Teixeira Pinto pede neutralidade aos trabalhadores. No mesmo dia, administradores do BCP afectos a Jardim avançam com proposta de redistribuição de pelouros.

19 de Julho

BPI admite ir à AG votar propostas.

20 de Julho

Berardo lança campanha de apelo ao voto em Teixeira Pinto. No mesmo dia, a Institutional Shareholder Services aconselha chumbar todas as propostas que os aliados de Teixeira Pinto levarão à AG.

24 de Julho

A proposta de nomeação de novos órgãos sociais para o BCP contempla o regresso de João Talone à administração. A lista é composta por nomes destacados do mundo empresarial, como António de Sousa, Alexandre relvas, Manuel Fino, Esmeralda Dourado e Proença de Carvalho.

24 de Julho

Os resultados líquidos do BCP desceram 22,2%, devido aos custos com a OPA ao BPI.

26 de Julho

EDP adianta que vai votar a favor do alargamento do conselho geral de supervisão.

27 de Julho

BPI diz que vota contra alteração de estatutos e destituição de administradores do BCP.

31 de Julho

Teixeira Pinto insiste no alargamento do conselho de administração com base em dois pareceres jurídicos. Proposta que o presidente da mesa da assembleia geral aceitou à discussão no dia 2 de Agosto.

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