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Espírito Santo Research recomenda vender BCP antes do anúncio dos resultados

A Espírito Santo Research (ESR) recomenda os investidores a vender acções do BCP antes da divulgação dos resultados do primeiro semestre, acontecimento agendado para hoje após o fecho do mercado. Os títulos já desvalorizam hoje mais de 2% e cotam nos 3,75

24 de Julho de 2007 às 09:49
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A Espírito Santo Research (ESR) recomenda os investidores a vender acções do BCP antes da divulgação dos resultados do primeiro semestre, acontecimento agendado para a amanhã após o fecho do mercado. Os títulos já desvalorizam hoje mais de 2% e cotam nos 3,75 euros.

Numa nota de "research" emitida hoje, a ESR justifica a recomendação de "vender" acções do BCP e atribui um potencial de descida às acções próximo de 15%, o que justifica com três factores essenciais: "performance" recente das acções, elevadas avaliações e dificuldades ao nível do desempenho operacional.

A analista Eva Hernandez salienta que os títulos do maior banco privado português acumulam uma valorização de 36% só nos últimos três meses, período em que foram suportados por vários movimentos de tomada de posições em antecedência da polémica assembleia-geral de accionistas, que se realizará a 6 de Agosto.

A analista recorda que amanhã será o último dia em que os investidores poderão comprar acções do BCP com direito a voto na reunião magna, na qual estarão em confronto o actual presidente da instituição, Paulo Teixeira Pinto, e o histórico fundador do banco, Jardim Gonçalves.

A pressionar os títulos deverá estar também o elevado prémio com que o BCP transacciona face ao sector ibérico. Isto porque, segundo a casa de investimento, "as acções negoceiam com um PER de 16 vezes e de 4,3 vez ajustado ao valor líquido dos activos (NAV), tendo ambos um elevado prémio em relação aos pares ibéricos".

Em antecipação aos resultados, a ESR alerta para a existência de "um risco de desilusão". E aconselha os investidores a estar atentos a possíveis dificuldades no desempenho operacional no mercado doméstico. As margens são a principal preocupação, devida à crescente concorrência doméstica.

Sobre a assembleia-geral que se avizinha, Eva Hernandez considera que o resultado é imprevisível. No entanto, refere que o pior cenário será a inexistência de qualquer maioria de nenhuma das duas partes. Um cenário que "colocaria o banco num impasse".

A ESR reitera a recomendação de "vender" e o preço-alvo de 3,2 euros, o que confere às acções um potencial de descida de 14,67%. Os títulos seguem a cair 2,09% para os 3,75 euros.

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