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Semana de Natal termina verde na Europa. Ganho anual do "benchmark" perto dos 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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17h58

Semana de Natal termina verde na Europa. Ganho anual do "benchmark" perto dos 5%

Os principais índices europeus terminaram a última sessão da semana de Natal em alta, marcada por negociações mais fracas já que os mercados estiveram encerrados dois dias. 

"Estamos a sair do feriado de Natal, e os volumes de negociação estão extremamente fracos. Não podemos tirar grandes conclusões atualmente", explicou à Reuters Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, avançou 0,67% para 507,18 pontos e registou o melhor dia do último mês, apesar dos volumes de negociação mais fracos nesta semana de época festiva. Ainda assim, no acumulado da semana avançou cerca de 1% e deverá fechar o ano com ganhos de 5%. 

As tensões geopolíticas, a lenta recuperação da economia chinesa e uma perspectiva económica menos favorável para o bloco europeu em 2025 fizeram abrandar o índice em comparação com o S&P 500 dos EUA - que deve terminar o ano com um salto de 25%. Além disso, o anúncio do aumento das tarifas impostas pelos EUA pesaram nas ações do bloco europeu.

Todos os 20 setores que compõem o "benchmark" terminaram em altam à exceção das ações ligadas ao retalho, que caíram 0,29%. A banca, os serviços financeiros, setor automóvel e a saúde foram as "estrelas do dia" - o último impulsionado pela subida de mais de 2% da Novo Nordisk.

Delivery Hero chegou a cair mais de 9% depois de ter rejeitado o plano da Uber para comprar o negócio da Foodpanda. A empresa terminou o dia com uma queda de 5,4%. 

Na restante Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,68%, o francês CAC-40 valorizou 1%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,25% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,39%. O britânico FTSE 100 foi contido nos ganhos e cresceu 0,16%.

17h56

Juros da Zona Euro agravam-se. Alemanha regista maior subida

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram um agravemento significativo esta sexta-feira, na primeira negociação depois de duas sessões de pausa de Natal. 

As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, somaram 7,6 pontos base para 2,393%, enquanto os juros da dívida francesa cresceram 7,2 pontos base para 3,206%.

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos agravou-se 7 pontos base para 2,862%. No país vizinho, os juros da dívida espanhola registaram um acréscimo de 6,1 pontos base até aos 3,076%, enquanto as "yields" das obrigações italianas avançaram 5,3 pontos para 3,539%.

Fora do bloco europeu, os juros das "Gilts" britânicas somaram 6,9 pontos base para 4,629%.

17h54

Dólar perde gás, mas deve ganhar 7% em termos anuais. Iene desce pelo quarto ano

O dólar norte-americano está a caminho da quarta semana consecutiva de ganhos, apesar de estar a negociar em ligeira baixa a esta hora. No acumulado do ano, a nota verde deverá ganhar 7%, beneficiando da perspetiva de menos cortes de juros em 2025 pela Reserva Federal (Fed). 
A esta hora, o euro recua ligeiramente para 1,0418 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar perde 0,12% para 157,81 ienes. Já o índice do dólar recua ligeiramente para 108,09 euros. A moeda do Japão recuperou de mínimos de cinco meses em relação ao dólar. Ainda assim, está a caminho do quarto ano consecutivo de perdas.
Os investidores preveem que o forte crescimento dos EUA no próximo ano, assim como cortes de impostos, o aumento das tarifas e a desregulamentação pelo novo governo de Donald Trump, deixem a Fed mais cautelosa quanto a cortes de juros.
Além disso, o iene beneficia da perspetiva de aumento de juros pelo Banco do Japão segundo alguns governadores do banco central. Há mesmo quem acredite que se deva subir as taxas "num futuro próximo".

17h46

Petróleo avança durante negociação calma. Foco está em 2025

Depois dos máximos, os preços do petróleo tombaram um máximo de 17,5% esta quarta-feira.

As cotações de crude estão a registar ganhos, apesar de a negociação de final de ano estar mais calma do que o previsto. Os investidores estão agora concentrados no que vai acontecer no mercado petrolífero em 2025, ao mesmo tempo que avaliam os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente. 

Israel atingiu alvos do Iémen que disse serem controlados pelos Houthis, incluindo centrais elétricas, portos e o aeroporto da capital. 

O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em fevereiro avança 0,66%, para os 73,33 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,79%, até aos 70,17 dólares por barril. 

O ano não foi o melhor para o "ouro negro", que deve terminar o ano com perdas ligeiras. Desde outubro que a procura pela matéria-prima tem sido mais contida, isto porque se espera que haja um excesso de "stock" no próximo ano, ao mesmo tempo que a China - o maior importador do mundo de crude - tem diminuído as suas compras e prevê-se que a oferta aumente.

17h28

Ouro recua com dólar mais forte, mas deve terminar semana no verde

Os preços do ouro estão a perder terreno esta sexta-feira, pressionados por um dólar mais forte, que está a caminhar para a quarta semana consecutiva de ganhos. 

Ainda assim, o metal amarelo deve terminar a semana em terreno positivo, já que os investidores estão a recorrer aos ativos considerados refúgio num momento em que a guerra no Médio Oriente e na Ucrânia continuam a centrar atenções. 

O metal amarelo cai 0,89% para 2.630,30 dólares por onça, e, no acumulado da semana, deverá ganhar, ainda que apenas ligeiramente.

Noutros metais preciosos, a platina está a recuar mais de 3% para 935,70 dólares, o paládio desvaloriza 1,12% para 912,00 dólares e a prata cai mais de 1% para 29,95 dólares.

15h00

Wall Street deixa otimismo do Natal para trás e desvaloriza

Os principais índices do lado de lá do Atlântico arrancaram a última sessão da semana em baixa, no seguimento do sentimento "morno" sentido na última negociação. Apesar de uma semana curta mas otimista, Wall Street segue para as últimas sessões do ano - o "rally" do Pai Natal - à procura de algum impulso que leve o mercado a máximos históricos, como acreditam os investidores.

"Parece que o mercado de ações dos EUA e os investidores seguem 'mornos' para o fim do ano. Ninguém quer fazer grandes movimentos antes de 2025, quando o novo Governo de Donald Trump toma posse", disse Clayton Allison à Reuters, da Prime Capital Financial. "A sessão de hoje vai dar-nos alguma indicação, mas parece que os investidores estão cautelosos para já", acrescentou o analista.

Os volumes de negociação nesta semana encurtada pelo feriado ficaram abaixo da média dos últimos seis meses e, segundo os analistas, devem permanecer contidos até 6 de janeiro. O próximo grande foco dos mercados será o relatório de emprego relativo a dezembro, divulgado a 10 de janeiro.

O S&P 500 arrancou a sessão a perder 0,65% para os 5.998,46 pontos, enquanto o Dow Jones desvaloriza 0,47% para 43.132,13 pontos e caminha para o pior mês desde abril, já que perde quase 3,5%. Já o Nasdaq Composite cai 0,8% para 19.859,51 pontos.

Em dezembro, este último índice deverá ganhar mais de 4%, impulsionado por um salto nas ações da Tesla e da Alphabet, bem como por um "rally" na Apple, que levou a fabricante do iPhone mais perto de uma capitalização de mercado de quatro biliões de dólares. 

A pressão que pairava sobre as "Sete Magníficas" na última sessão continua hoje. A Nvidia cai 2%, a Tesla recua 2,57% e a Alphabet 1,3%. Já a Amazon e a Meta Platforms caem mais de 1,6%.

Do lado dos ganhos, a tecnológica My Size escala 85% depois de ter divulgado um crescimento significativo nas receitas de 2024 e esperar 15 milhões no final do próximo ano. A empresa anunciou ainda a expansão para a Europa, o que parece ter animado os investidores. 

10h09

Europa regressa do Natal em máximos de uma semana. DeliveryHero perde quase 6%

Depois de uma abertura no vermelho, os principais índices europeus inverteram a negociação e seguem em alta, no dia em que voltaram a negociar após dois dias de pausa natalícia. Os volumes de negociação são habitualmente reduzidos nesta semana.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, avança 0,27% para 505,15 pontos - o valor mais elevado em uma semana - e caminha para uma valorização semanal, após duas semanas negativas. A dar o maior impulso está o setor de tecnologia e da saúde, à boleia de uma valorização em torno de 3% da Novo Nordisk, a maior empresa cotada no Velho Continente em termos de capitalização bolsista.

Entre os principais movimentos de mercado está a DeliveryHero que perde 5,67%, depois de a autoridade da concorrência de Taiwan ter bloqueado a aquisição da subsidiária asiática Foodpanda pela Uber - uma operação de 950 milhões de dólares -, citando questões de concorrência, uma vez que juntas, a Uber e a Foodpanda ficariam com uma quota de mercado de 90% no país.

"Estamos a regressar de um feriado de Natal e os volumes de negociação são extremamente baixos. Não podemos tirar conclusões sobre o que vemos nestes dias", disse à Reuters Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,25%, o francês CAC-40 valoriza 0,5%, o italiano FTSEMIB ganha 0,48% e o espanhol IBEX 35 avança 0,16%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,33%.

Em sentido contrário, o britânico FTSE 100 cede 0,09%.

10h07

Juros da Zona Euro agravam-se

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se sexta-feira, depois de duas sessões de interrupção devido aos feriados de Natal, e numa altura em que os investidores reavaliam as suas posições após uma semana de grandes movimentações.

As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, somam 6,5 pontos base para 2,382%, enquanto os juros da dívida francesa crescem 7,4 pontos base para 3,208%.

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos agrava-se também 7,4 pontos base para 2,866%. No país vizinho, os juros da dívida espanhola registam um acréscimo de 7,3 pontos base até aos 3,088%, enquanto as "yields" das obrigações italianas avançam 7,6 pontos para 3,562%.

Fora do bloco europeu, os juros da dívida britânica somam 7,1 pontos base para 4,631%.

09h43

Ouro pressionado por dólar mais forte. Euro em minímos de dois anos face à "nota verde"

Os preços do ouro seguem a desvalorizar esta sexta-feira, pressionados por um dólar mais forte, mas seguem a caminho de uma valorização semanal, à boleia de maior procura por ativos-refúgio devido a novos ataques por parte da Rússia e Israel.

O metal amarelo recua 0,31% para 2.625,33 dólares por onça.

"Continuam a existir focos de tensão geopolítica em todo o mundo, o que mantém os níveis da procura de ouro numa perspetiva de porto seguro", afirmou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.

No Médio Oriente, Israel atingiu ontem vários alvos ligados ao movimento Houthi, alinhado com o Irão, no Iémen. Por outro lado, os "drones" russos atingiram um edifício de apartamentos de vários andares na cidade de Chasiv Yar, na linha da frente, na região de Donetsk, na Ucrânia.

No mercado cambial, a força do dólar, com o índice da "nota verde" a avançar 0,02% para 108,151 dólares, está a impedir maiores ganhos do ouro. A moeda norte-americana caminha para uma valorização anual de quase 7%.

O euro, por sua vez, cede 0,06% para 1,0416 dólares, perto de mínimos de dois anos nos 1,04 dólares, com as projeções distintas de política monetária do Banco Central Europeu e da Reserva Federal a penalizar a moeda única europeia.

08h02

Otimismo da China impulsiona petróleo

Os preços do petróleo estão a negociar em alta e a caminho de ganhos na semana, sustentados por um cenário positivo relativamente ao consumo pelo maior importador do mundo, a China, face às novas medidas de estímulo que têm sido anunciadas por Pequim. No entanto, um dólar mais forte esteve a impedir maiores ganhos.

O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em fevereiro avança 0,16%, para os 73,38 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,24%, até aos 69,79 dólares por barril.

O Banco Mundial atualizou em 2024 e 2025 reviu em alta as perspetivas de crescimento económico para a China, mas avisou que a fraca confiança das famílias e das empresas, juntamente com os problemas no setor imobiliário, vão continuar a pesar no próximo ano.

O ministério das Finanças chinês revelou na terça-feira que planeia fomentar o consumo através de medidas orçamentais como o aumento das pensões e apoios aos seguros de saúde para residentes.

Entretanto, na segunda-feira as autoridades chinesas anunciaram a emissão de quase 400 mil milhões de euros em dívida especial no próximo ano, por forma a financiar medidas de estímulo à economia.

07h34

Futuros da Europa regressam do Natal em alta. Ásia a caminho de maior série de ganhos desde julho

Os futuros sobre os principais índices europeus estão a apontar para um início de negociação em alta, após duas sessões de interrupção devido ao Natal. Os investidores estão a retirar otimismo da Ásia, onde as bolsas valorizaram pela quinta sessão consecutiva estendendo o habitual "rally" do Pai Natal.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 avançam 0,25%.

Com poucos dias de negociação ainda este ano, as atenções dos investidores viram-se para 2025, em particular para o rumo da política monetária da Reserva Federal, e para a administração Trump, que toma posse a 20 de janeiro, bem como as suas políticas comerciais. As tensões geopolíticas também vão centrar atenções.

Na Ásia, a sessão foi também positiva, com o índice MSCI Asia-Pacific – que é composto por cinco mercados desenvolvidos e oito emergentes - a caminho da mais longa série de ganhos desde inícios de julho.

Entre as maiores subidas estiveram as exportadoras japonesas, incluindo a Toyota, que beneficiaram de uma forte desvalorização do iene.

Já a Xiaomi subiu quase 4% depois de uma notícia ter revelado que a empresa planeia aumentar os esforços de investimento em modelos de inteligência artificial.

No Japão o índice alargado Topix pulou 1,26% e o mais seleto Nikkei 225 subiu 1,8%. Na China, o Shanghai Composite avança 0,06%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng soma 0,11%. Na Coreia do Sul o Kospi perdeu 1,02%.

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