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Jardim pondera destituição de Paulo Teixeira Pinto
Jardim Gonçalves está a ponderar a apresentação de um pedido de destituição de Teixeira Pinto como presidente executivo do BCP. Jardim alega actos lesivos à instituição e desrespeito pelas suas normas, segundo as edições deste Sábado do “Expresso” e do Pú
Jardim Gonçalves está a ponderar a apresentação de um pedido de destituição de Teixeira Pinto como presidente executivo do BCP. Jardim alega actos lesivos à instituição e desrespeito pelas suas normas, segundo as edições deste Sábado do “Expresso” e do Público”. Um dos vários pontos que parece dividir Jardim e Teixeira Pinto diz respeito à parceria que o BCP terá celebrado com a Sonangol.
Em causa estará o pré-acordo que Paulo Teixeira Pinto e a Sonangol terão feito, segundo o qual a petrolífera angolana tomaria 49,9% no BCP Angola e entraria também no Banco Comercial Português (BCP) [BCP] em Portugal.
Contudo, se a Sonangol já detém 2% do BCP, o acordo em Angola foi derrotado pelo conselho de administração, segundo o “Expresso”.
Jardim, que não fez declarações ao semanário, deverá propor a destituição de Teixeira Pinto, na segunda-feira, na reunião do Conselho Geral. Se a destituição for aprovada, Teixeira Pinto ficará suspenso por dois meses, já que a sua destituição efectiva terá de ser aprovada em assembleia-geral convocada para o efeito.
De acordo com o “Público”, é neste cenário que os assessores jurídicos dos accionistas que dizem apoiar Teixeira Pinto, e que estão a ser "liderados" por João Vieira de Almeida, se reuniram ontem.
Os advogados procuraram delinear uma estratégia de combate ao engenheiro, no pressuposto de que este vai (e pode) solicitar a destituição do CEO, ou a sua suspensão.
“As tropas de Jardim avaliam se têm condições para alegar quebra grave de responsabilidades e falta de lealdade”, avança o mesmo órgão de comunicação social.
O conselho geral e de supervisão, agendado para segunda-feira, será, assim, um passo decisivo, caso a proposta de interdição do CEO seja votada.