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Aliados de Teixeira Pinto propõe regresso de Talone ao BCP

A proposta de nomeação de novos órgãos sociais para o Banco Comercial Português, avançada esta madrugada pelos accionistas aliados de Paulo Teixeira Pinto, contempla o regresso de João Talone à administração do maior banco privado português. A extensa lis

24 de Julho de 2007 às 07:22
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A proposta de nomeação de novos órgãos sociais para o Banco Comercial Português, avançada esta madrugada pelos accionistas aliados de Paulo Teixeira Pinto, contempla o regresso de João Talone à administração do maior banco privado português. A extensa lista é composta por nomes destacados do mundo empresarial português, como António de Sousa, Alexandre relvas, Manuel Fino, Esmeralda Dourado e Proença de Carvalho.

De acordo com um comunicado do BCP, colocado no site da CMVM esta madrugada, vários accionistas do banco avançaram com novas propostas a levar à Assembleia Geral de accionistas que decorre a 6 de Agosto e que vai ditar o futuro do BCP.

Ao contrário do que era esperado, o polémico ponto 5, que prevê a destituição de cinco administradores alinhados com Jardim Gonçalves, mantém-se na agenda dos trabalhos.

Esta proposta só será submetida à votação dos accionistas, caso seja rejeitada a alteração do modelo de Governação do BCP. Os aliados de Teixeira Pinto, conhecido já como o "Grupo dos Sete" (Manuel Fino, Joe Berardo, Moniz da Maia, Vasco Pessanha, Filipe Botton, , Vaz Guedes) querem alterar os actuais estatutos, de matriz dualista, para um modelo com um Conselho de Administração, de onde sai uma comissão executiva, e um conselho de accionistas.

Os accionistas aliados de Teixeira Pinto, como pretendem alterar o actual modelo de governação do BCP, avançaram com propostas para todos os órgãos sociais do BCP, conseguindo apresentar surpresas e nomes de destaque da banca portuguesa.

Três novos administradores executivos

Para o Conselho de Administração, a proposta contempla que este órgão seja representado por 20 administradores e que "sempre que seja constituída uma Comissão Executiva, a maioria dos administradores não executivos deverá ser formada por membros independentes".

No Conselho de Administração são poucos os nomes que permanecem. Paulo Teixeira Pinto é proposto para presidente e Alberto de Castro (professor de Gestão da Católica do Porto) como vice-presidente, permanecendo como vogais Castro Henriques, Francisco Lacerda e Boguslaw Kott.

A proposta formulada por estes accionistas prevê a redução da Comissão Executiva para sete elementos, o que pressupõe a nomeação de três novos administradores. O actual é composto por nove, mas estes accionistas querem destituir cinco administradores.

Os novos nomes propostos, caso a destituição de administradores alinhados de Jardim Gonçalves seja aprovada, são Luís Maria França de Castro Pereira Coutinho (vice-presidente do Bank Millennium), João José Belard da Fonseca Lopes Raimundo (gestor do Millennium Investment) e Fernando Jorge Filomeno de Figueiredo Ribeiro (Head of Investment na F&C). Ou seja, tudo gestores que já estão no Grupo BCP.

Conselho de Administração com 20 nomes

As maiores surpresas surgem na lista dos administradores não executivos. A maior é a proposta de João Talone para um dos 20 membros do Conselho de Administração.

Talone já foi vice-presidente do BCP e protagonizou a última grande ruptura na administração do BCP, tendo na altura, finais de 2001, saído do banco em ruptura com o presidente Jardim Gonçalves. O ex-presidente da EDP, agora gestor do maior fundo de Private Equity da Península Ibérica, saiu do BCP antes de outros gestores do banco, como Miguel Cadilhe e Líbano Monteiro.

Para além de Talone, a proposta dos accionistas prevê a nomeação de uma série de outros gestores, como Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia (a família Moniz da Maia é uma das proponentes destas propostas), Luis de Melo Champalimaud; Alexandre Carlos de Melo Vieira Costa Relvas; Manuel Fino, Esmeralda dos Santos Dourado, Manuel Vicente (Sonangol) e Pedro Miguel Duarte Rebelo de Sousa.

Sabadell e Fortis na lista; EDP fora

A proposta para o Conselho de Administração inclui também Josep Oliu, em representação do Sabadell, sinalizando que os espanhóis estão ao lado do Teixeira Pinto. Também Marc bellis, do Fortis, está representado na proposta.

A proposta para o novo Conselho de Administração do BCP contempla ainda administradores que representam accionistas. Esmeralda Dourado em representação de Pereira Coutinho, Manuel Fino pela Investifino, Bernardo da Maia pela família Moniz da Maia

De fora da lista acabou por ficar Manso Neto, administrador financeiro da EDP, que era apontado como integrante do Conselho de Administração proposto por Teixeira Pinto.

António de Sousa no Conselho Fiscal e

António de Sousa, antigo presidente da CGD, é proposto para liderar o Conselho Fiscal e integrar o Conselho Geral e de Supervisão.

Para este órgão são também propostos os nomes de Diogo Alves Diniz Vaz Guedes, Filipe Maurício de Botton.

Para presidente da mesa da assembleia geral foi proposto o nome de Daniel Proença de Carvalho, "chairman" da PT Multimédia.

Para este órgão foi ainda proposto o nome de Nuno Vasconcellos, presidente da Ongoing (um dos maiores accionistas da Portugal Telecom), para o cargo de secretário.

Mais propostas

No comunicado emitido pelo BCP, são também divulgadas novas propostas, que alegadamente terão sido apresentadas pelos aliados de Jardim Gonçalves.

No ponto 3 e 4 da ordem de trabalhos, os accionistas vão deliberar sobre a proposta de manutenção do actual número de membros do Conselho de Administração executivo (nove) bem como do Conselho geral e de Supervisão.

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