A Assembleia Geral de 6 de Agosto será decisiva na crise no BCP. A forma como ela pode ser organizada pode desequilibrar os poderes. O Conselho de Administração nomeou um gestor próximo de Jardim para liderar o processo. Os aliados de Teixeira Pinto estão contra e admitem recorrer à CMVM. O presidente da AG garante que ele é que manda.

O Jornal de Negócios revela na edição que está hoje nas bancas a sucessão de acontecimentos:

O Conselho de Administração deliberou que será Christopher de Beck, vice-presidente do banco, a liderar o processo de coordenar a organização da próxima assembleia geral, agendada para 6 de Agosto. A decisão foi aprovada por maioria mas com vários votos contra.

A designação de Beck, que mereceu o voto contra de Teixeira Pinto, Francisco Lacerda e Castro Henriques, deixou os sete accionistas que pediram a convocação da reunião preocupados: primeiro, porque nas AG anteriores nunca houve um gestor responsável por coordenar o encontro; depois, porque a deliberação da administração que lhe atribuir aqueles poderes também o incumbe da "coordenação da defesa", o que para eles pode ser uma prova da falta de parcialidade de Beck no processo

Por isso, os accionistas do BCP que apoiam Paulo Teixeira Pinto querem impedir Christopher de Beck de liderar o processo, pois admitem que ele possa, por exemplo, tomar decisões importantes em aspectos como procurações de votos, na contagem de presenças ou na ordem de trabalhos. E admitem ir até à CMVM.

O presidente da AG, contactado pelo Jornal de Negócios, mostra-se "blindado" a pressões e admite tomar ele próprio as rédeas em aspectos inéditos como na emissão de cartas aos accionistas.

Leia os detalhes na edição nas bancas do Jornal de Negócios.