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Lucros do BPI aumentam 30% no primeiro semestre
O Banco BPI anunciou esta tarde que os resultados líquidos do primeiro semestre aumentaram 30% no primeiro semestre para 193,1 milhões de euros, um valor que ficou em linha com o esperado pelos analistas. Na defesa à OPA do BCP, o banco gastou 9,9 milhões
O Banco BPI anunciou esta tarde que os resultados líquidos do primeiro semestre aumentaram 30% no primeiro semestre para 193,1 milhões de euros, um valor que ficou em linha com o esperado pelos analistas. Na defesa à OPA do BCP, o banco gastou 9,9 milhões no primeiro semestre.
Os analistas contactados pelo Jornal de Negócios estavam à espera que o BPI anunciasse uma subida nos lucros de 28,5% para 191 milhões de euros.
O produto bancário consolidado cresceu 24,3% para 600,1 milhões de euros, com a margem financeira a aumentar 15,2% para 328,2 milhões de euros, as comissões a subirem 14,9% e os lucros em operações financeiras a mais que duplicarem.
Custos aumentam com OPA e expansão
Os custos de estrutura consolidados aumentaram 14,4% para 318,8 milhões de euros. O BPI adianta que no primeiro semestre deste ano os custos relacionados com a OPA do BCP ascenderam a 9,9 milhões de euros, sendo que excluindo este valor, bem como os 1,1 milhões de euros gastos no primeiro semestre de 2006, os custos subiram 11,3%.
A evolução dos custos "é influenciada pelo crescimento dos custos na actividade internacional em 46%, o qual está associado ao forte aumento do negócio e ao significativo programa de investimento em curso no Banco de Fomento Angola. Na actividade doméstica os custos de estrutura, excluindo os custos com a OPA, cresceram 8,7%, em parte explicados pela expansão da rede de balcões em Portugal (+ 55 balcões desde Junho 2006;+ 10,1%) e pelo aumento do número de colaboradores para 7.437 pessoas1 (+ 7,8%)", explica o banco num comunicado.
O rácio custos de estrutura em percentagem do produto bancário melhorou de 57,7% no primeiro semestre 2006, para 53,1% no primeiro semestre de 2007.
Lucros na actividade internacional caem
O lucro líquido na actividade em Portugal ascendeu a 161,6 milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 51% relativamente ao semestre homólogo de 2006.
Já na actividade internacional os lucros caíram 24,6% para 31,5 milhões de euros. Os custos de estrutura dos negócios internacionais do BPI aumentaram 46,1%,
Os recursos totais de clientes cresceram 17,6% relativamente a Junho de 2006, o que reflecte, sobretudo, os crescimentos de 28,6% dos depósitos na actividade doméstica e o aumento da carteira de recursos de clientes do BFA, em Angola, em 45%.
Já a carteira de crédito registou um crescimento de 21,1% relativamente a Junho de 2006. O crédito a empresas na actividade doméstica cresceu 32,2%, o crédito a empresários e negócios cresceu 15,8% e, por sua vez, o crédito à habitação cresceu 9,8%. Na actividade internacional, a carteira de crédito do BFA aumentou 69%.
Em 30 de Junho de 2007, o rácio de capital era de 9,6%, o Tier I de 6.5% e o core capital de 5.3%, de acordo com as instruções do Banco de Portugal, actualmente em vigor, pelas quais 50% das deduções aos fundos próprios relativas a interesses em instituições de crédito e seguradoras são afectas ao Tier I e core Tier I.
Mais-valias potenciais de 347 milhões
No final do primeiro semestre, a carteira de participações detidas pelo BPI e que estavam disponíveis para venda, estavam com uma mais-valia potencial de 347,6 milhões de euros.
O BPI é accionista da Impresa, Cofina, Ibersol, Vista Alegre e outras cotadas, mas é no BCP que está a registar os maiores lucros. A posição directa de 4,5% tem um valor de balanço de 677 milhões de euros e apresenta uma mais-valia potencial de 306,4 milhões.