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Dresdner recomenda vender acções do BCP na recta final da AG
O banco alemão Dresdner recomenda aos clientes que vendam as suas acções do BCP, já que estas estão caras e após a AG, alguns dos actuais accionistas poderão inundar o mercado com os títulos que compraram para participar na reunião de 6 de Agosto. Amanhã
O banco alemão Dresdner recomenda aos clientes que vendam as suas acções do BCP, já que estas estão caras e após a AG, alguns dos actuais accionistas poderão inundar o mercado com os títulos que compraram para participar na reunião de 6 de Agosto. Amanhã será o último dia em que os investidores poderão adquirir acções para poderem participar na AG.
As acções do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] negociavam em queda máxima de 4,7% para os 3,83 euros.
Apesar disso, desde o início do ano, os títulos conservam uma valorização acumulada superior a 30%, o que levou hoje o Dresdner Kleinwort a recomendar aos seus clientes a venda das acções, já que a cotação actual continua a prémio face ao preço-alvo de 3,16 euros sugerido pelo banco de investimento alemão.
Sobre os resultados que vão ser apresentados hoje, após o fecho da bolsa, o Dresdner afirma que deverão registar um aumento homólogo de 6,1%, impulsionados "pelos esforços de reestruturação de custos em Portugal e pelas operações internacionais do banco".
Contudo, a equipa de analistas liderada por Millan Gudka diz que o foco das acções continua a ser a assembleia geral (AG) convocada para 6 de Agosto.
Nesta AG, dois grupos de accionistas – que apoiam ou Paulo Teixeira Pinto ou Jardim Gonçalves – vão discutir sobre a alteração dos estatutos do banco e sobre uma eventual nova composição dos órgão sociais do banco.
"Não pensamos que o resultado da AG venha a alterar a nossa visão para o título. Não achamos que as propostas devam ser vistas como um catalisador para uma OPA ao banco", defende o analista Millan Gudka.
O banco de investimento recorda que parte da valorização do BCP nas últimas semanas esteve relacionada com a constituição de posições por parte dos accionistas que apoiam Paulo Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves.
No entanto, o banco alerta que depois de amanhã as acções compradas deixam de poder dar direito a participar na AG, pelo que o título perde parte do suporte que tem tido nas últimas sessões.
Adicionalmente, o Dresdner diz que existe "uma elevada probabilidade" de alguns dos accionistas começarem a alienar parte das suas acções, depois da AG, quando as acções deixarem de estar bloqueadas.