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TAP lucra 118,2 milhões nos primeiros nove meses do ano

Nos meses de verão - julho a setembro, a companhia aérea registou um resultado líquido de 117,8 milhões de euros.

O objetivo da privatização da TAP é recuperar parte dos 3,2 mil milhões de euros que foram injetados na companhia aérea.
Miguel Baltazar
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A TAP registou um resultado líquido positivo de 118,2 milhões até setembro, indicou a companhia aéra portuguesa em comunicado enviado esta manhã. O valor baixa 85,3 milhões em relação ao período homólogo.

Como habitual, o grosso dos lucros deve-se aos meses do verão: julho e agosto e setembro. Só no terceiro trimestre do ano, a empresa registou um resultado líquido de 117,8 milhões de euros.

Ainda assim, o valor cai 62,8 milhões em comparação com mesmo período do ano passdo, devido ao impacto de perdas cambiais, indica a TAP. No entanto, quando comparado com o terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia, o resultado melhorou em 116,6 milhões de euros.

Em relação as passageiros transportados, o número registou um aumento residual de 1,3% de julho a setembro, quando comparado com igual período de 2023. Os voos operados caíram 1,9%. Em relação ao pré-pandemia, os passageiros subiram 91% e os voos operados 84%.

A companhia aérea resgistou, no terceiro trimestre, receitas operacionais de 1.284,1 milhões, aumentando em 2% em comparação com o período homólogo. Por outro lado, os custos operacionais foram de 1.045,5 milhões, mais 63,3 milhões do que os registados no terceiro trimestre de 2023.

A companhia justifica o aumento dos custos com uma subida dos gastos com o pessoal, devido aos novos acordos de empresa, que produziram efeito apenas no quarto trimestre de 2023 - excetuando o acordo com os pilotos que entrou em vigor no terceiro trimestre de 2023 -, e pelo aumento das depreciações e amortizações.

Entre julho e setembro, a TAP abriu nova rota de Lisboa para Florianópolis. A frota operacional era composta por 99 aeronaves, com a adição de um A320 Neo e a saída de um A319 Ceo durante o trimestre, sendo que 69% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família NEO.

Para o quarto trimestre de 2024, "as reservas encontram-se ligeiramente acima do ano anterior, sendo expectável que compensem alguma pressão sobre as yields", indica a companhia.

Em novembro, a TAP concluiu com sucesso a emissão de senior notes no valor de 400 milhões de euros com um cupão de 5,125%, o que vai permitir à empresa otimizar a sua estrutura financeira e cumprir com os compromissos do Plano de Reestruturação.

No quarto trimestre, o investimento no mercado brasileiro continua, com a abertura da nova rota para Manaus, bem como o investimento na modernização da frota, com a entrega de duas novas aeronaves A320 Neo, em substituição de duas aeronaves da família A320 Ceo. 

"Estamos satisfeitos com a nossa performance no terceiro trimestre de 2024, apesar dos dois grandes desafios enfrentados: a situação difícil de gestão do espaço aéreo europeu, e as desvalorizações cambiais significativas", indica em comunicado Luís Rodrigues, CEO da TAP. 

"A melhoria da pontualidade e do NPS (índice de satisfação do cliente) e a estabilização da regularidade, confirmam uma operação mais robusta e com um melhor serviço para os nossos clientes, que se traduz em aumentos de receitas e consolidação de resultados operacionais", acrescenta ainda.

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