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Euro recupera de mínimos de um ano face ao dólar
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Euro recupera de mínimos de um ano face ao dólar
O dólar está a negociar em queda face ao euro e outras divisas rivais, numa inversão do que tem sido a normalidade depois da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, numa altura em que os investidores têm estado a incorporar nos preços o impacto de potenciais tarifas tanto na União Europeia, como na China. Há até já rumores entre os analistas de que o euro possa descer à paridade.
A esta hora, a moeda única europeia valoriza 0,17% para 1,0567 dólares, estando a recuperar de mínimos de um ano atingidos na semana passada. "Se olharmos para o próximo ano, acho que é justo pensarmos que o euro pode vir a negociar em paridade ou perto da paridade, depende muito da implementação da agenda protecionista de Trump", explicou o analista do ING Francisco Pesole, numa nota.
Já face à divisa japonesa o dólar ganha 0,21% para 154,62 ienes, depois de o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter sinalizado que as taxas de juro deverão continuar a aumentar no futuro, no caminho da normalização da política monetária, mas não ofereceu pistas sobre quando tal poderá começar a acontecer.
Dólar a abrandar dá força ao ouro
Com o "rally" do dólar a abrandar, o ouro está a recuperar das fortes perdas da semana passada e valoriza quase 1%. Os investidores aguardam novas pistas sobre o caminho futuro da Reserva Federal, numa altura em que tanto um cenário de pausa ou de corte de juros tem sido avaliado pelos investidores.
O ouro sobe 0,86% para 2.585,3 dólares por onça.
"Os preços do ouro deverão registar uma ligeira recuperação após o forte 'sell-off' e podemos esperar uma valorização com alguma oscilação do dólar", explicou à Reuters o estratega de da IG, Yeap Jun Rong.
"Podemos esperar uma retórica menos 'dovish' dos membros da Reserva Federal em dezembro, com a Fed a preparar o terreno para não mexer nas taxas em janeiro. Isso ainda não foi totalmente incorporado pelos mercados, portanto, qualquer necessidade de recalibração pode representar um obstáculo para o ouro", completou.
Aumento de tensões na Ucrânia impulsiona petróleo
Os preços do petróleo estão a valorizar, depois de os combates entre a Rússia e a Ucrânia se terem intensificado ao longo da semana. A impedir uma maior subida estão preocupações relativamente aos níveis de consumo na China e perspetivas de um excesso de oferta no mercado.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,19% para os 67,15 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,31% para os 71,26 dólares por barril.
Os investidores atentam no maior ataque aéreo russo à Ucrânia em três meses, que causou danos severos á rede elétrica do país. Ainda a centrar atenções está uma decisão por parte do ainda presidente norte-americano, Joe Biden, que deu autorização a Kiev para o uso de armas fabricadas nos Estados Unidos para abater alvos na Rússia, de acordo com fontes citadas pela Reuters.
"Biden permitiu que a Ucrânia atacasse as forças russas à volta de Kursk com mísseis de longo alcance, o que pode levar a um novo ímpeto geopolítico nos preços do petróleo, uma vez que se trata de uma escalada das tensões, em resposta à entrada das tropas da Coreia do Norte no conflito", afirmou à Reuters Tony Sycamore, analista da IG.
Futuros da Europa em alta ligeira. Ásia entre ganhos e perdas
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos ligeiros na abertura, numa altura em que os investidores antecipam uma semana com vários discursos de membros do Banco Central Europeu. Esta segunda-feira as atenções viram-se para os dados do comércio no bloco europeu.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,1%.
Na Ásia, os principais índices seguem a negociar mistos e à procura de uma direção fixa, depois de um "rally" na China induzido por notícias de que o regulador do país tinha pedido às empresas cotadas para aumentarem o retorno aos acionistas.
A Samsung pulou quase 6% após ter anunciado inesperadamente um programa de recompra de ações e levou o sul-coreano Kospi a avançar mais de 2%.
No Japão, o Nikkei perdeu 1,09% e o Topix desvalorizou 0,73%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 2,16%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,79% e o Shanghai Composite recua 0,21%.