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Europa encerra sem direção com Trump e BCE em foco
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Europa encerra sem direção com Trump e BCE em foco
As bolsas europeias encerraram a primeira sessão da semana sem uma direção clara, numa altura em que os investidores avaliam o possível impacto das políticas da Trump na economia do continente, bem como digerem uma série de intervenções de membros do Banco Central Europeu (BCE).
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, terminou a desvalorizar 0,06%, estendendo as perdas registadas na semana anterior. O setor imobiliário foi o que mais pressionou o principal índice europeu, acompanhado do setor do retalho e energético. Já do outro lado da tabela, o mineiro foi o que mais cresceu, impulsionado por um aumento dos preços do minério de ferro.
As bolsas europeias têm registado sucessivas sessões no vermelho desde que Donald Trump foi eleito e, na sexta-feira, registaram a quarta semana seguida em queda – a mais longa série de perdas do índice desde 2022. As tarifas sobre o comércio internacional que o republicano quer impor estão a preocupar os investidores e, em consequência, o Morgan Stanley decidiu rever em baixa as suas perspetivas para o desempenho das ações europeias nos próximos meses para "neutro".
O mercado também está menos otimista em relação ao ciclo de alívio da política monetária da Zona Euro. Esta segunda-feira, vários membros do BCE mostraram-se mais cautelosos, com o presidente do banco central irlandês a afirmar que a autoridade monetária não deve ter pressa em cortar nas taxas de juro. Ao final do dia, a presidente do BCE vai discursar em Paris e os investidores vão tentar perceber se Christine Lagarde vai também alimentar esta narrativa.
"Existe um sentimento negativo generalizado em relação aos ativos europeus. A atividade económica está a abrandar, os lucros estão a ser desvalorizados, a procura chinesa – um motor crucial para a economia europeia – está a perder força. As tarifas propostas estão a agravar uma situação já difícil", afirma Marija Veitmance, estratega da State Street Global Markets.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,11%, enquanto o italiano FTSEMIB recuou 1,27%. Por sua vez, o espanhol IBEX 35 saltou 0,33%, o britânico FTSE 100 somou 0,57%, enquanto o francês CAC-40 valorizou 0,12% e o holandês AEX cresceu 0,33%.
Juros da Zona Euro agravam-se com membros do BCE mais cautelosos
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu agravaram-se esta segunda-feira, numa altura em que vários membros do Banco Central Europeu (BCE) parecem mais cautelosos em relação ao ciclo de alívio de juros da autoridade monetária.
Esta tarde, o presidente do banco central alemão explicou que as tensões comerciais a nível mundial podem manter as taxas de juro do bloco europeu elevadas, enquanto o presidente do banco central irlandês afirmou que o BCE não deve ter pressa em aliviar a sua política monetária. As atenções dos investidores centram-se agora na intervenção de Christine Lagarde, presidente do BCE, numa conferência em Paris no final do dia.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, avançou 2 pontos base para 2,803%, depois de na sexta-feira a Moody's ter mantido a notação de Portugal em 'A3' e uma perspetiva estável, abaixo do "outlook" positivo da Standard & Poor’s e da Fitch.
A rendibilidade da dívida espanhola somou 1,4 pontos base para 3,066%. Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, aumentou em 1,6 pontos base, para 2,368%.
Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade agravou em 1,1 pontos base, para 3,092%, enquanto a da italiana cresceu 1,5 pontos até 3,566%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, contrariam a tendência da Zona Euro e recuam 0,6 pontos para 4,464%.
Crude dispara com produção suspensa no maior campo petrolífero da Europa Ocidental
A interrupção da produção de crude no campo petrolífero norueguês Johan Sverdrup, em conjunto com o aumento das tensões na Ucrânia, estão a dar ímpeto aos preços do "ouro negro".
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – salta 2,64% para os 68,79 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 2,65% para os 72,92 dólares por barril.
A petrolífera norueguesa Equinor suspendeu, esta segunda-feira, a produção de crude no seu campo petrolífero Johan Sverdrup – o maior da Europa Ocidental -, devido a um corte de energia. A empresa não informou quando pretende retomar a produção de petróleo neste campo, mas os analistas antecipam que esta suspensão possa reduzir a oferta de petróleo bruto no mercado do Mar do Norte.
Ainda a dar impulso aos preços do petróleo está a mudança de política de Washington em relação ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia. De acordo com informações avançadas pelo The Washington Post, o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou o uso limitado de armas de longo alcance por parte das forças ucranianas, em resposta ao envio de 10 mil oficiais por parte da Coreia do Norte para apoiar a Rússia.
O Kremlin já respondeu a Washington e apelidou a decisão tomada por Joe Biden como "imprudente", prometendo retaliação. "Biden permitiu que a Ucrânia atacasse as forças russas à volta de Kursk com mísseis de longo alcance, o que pode levar a um novo ímpeto geopolítico nos preços do petróleo, uma vez que se trata de uma escalada das tensões, em resposta à entrada das tropas da Coreia do Norte no conflito", afirmou à Reuters Tony Sycamore, analista da IG.
Dólar corrige de máximos de um ano mas ganha força contra o iene
Depois de ter registado a melhor semana em mais de um mês, o dólar encontra-se, agora, em movimento de correção. A divisa norte-americana está a desvalorizar em relação à grande maioria das suas principais concorrentes, com o iene a ser a exceção neste cenário.
O euro avança 0,28% para 1,0569 dólares, numa altura em que os políticos europeus tentam medir as consequências na economia do bloco de um segundo mandato de Donald Trump. Esta segunda-feira, dois membros do Banco Central Europeu (BCE) sinalizaram estar mais preocupados com os impactos que as novas tarifas norte-americanas podem ter no crescimento económico da Zona Euro do que as suas repercussões na evolução da inflação.
O índice do dólar, que mede a força da moeda em relação às suas seis principais concorrentes, recua a esta hora 0,23% para 106,48 pontos – relativamente perto de máximos de um ano de 107,07 pontos, atingido na semana passada.
Em contraciclo, o dólar avança 0,42% para 154,95 ienes, depois de o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter sinalizado a necessidade de um novo aperto da política monetária. No entanto, Ueda não deu detalhes sobre quando poderia acontecer.
Aumento das tensões na Ucrânia dá ímpeto aos preços do ouro
O ouro continua a recuperar de mínimos de dois meses, numa altura em que o "rally" do dólar parece ter perdido gás e as tensões na Ucrânia voltaram a centrar as atenções dos investidores.
A esta hora, o metal amarelo avança 1,95% para 2.613,31 dólares por onça. O ouro recuperou algum do seu prémio geopolítico esta segunda-feira, depois de o presidente dos EUA ter autorizado as forças ucranianas a utilizarem mísseis de longo alcance contra a Rússia, em resposta ao envio de 10 mil oficiais por parte da Coreia do Norte para apoiar a nação liderada por Vladimir Putin. O Kremlin já prometeu uma resposta.
O metal precioso está ainda a beneficiar de um dólar mais fraco, depois de a "nota verde" ter valorizado mais de 1,6% na semana passada contra as suas principais concorrentes. A divisa norte-americana encontra-se agora em terreno de correção, o que tende a beneficiar o ouro, uma vez que este metal é vendido em dólares no mercado internacional.
Com Trump a voltar a ocupar a Casa Branca, os mercados antecipam que as medidas que o republicano pretende impor no país levem a um aumento da inflação – o que, por sua vez, pode levar a Reserva Federal (Fed) norte-americana a reduzir a velocidade em que pretende continuar a cortar nas taxas de juro.
No entanto, "quer a Fed opte por cortar ou não", Daniel Pavilonis, estratega de mercados da RJO Futures, prevê que o ouro "volte a negociar na barreira dos 2.700 dólares por onça", como explica à Reuters.
Wall Street sem direção à espera dos resultados da Nvidia
Depois de ter encerrado a semana passada em território negativo, Wall Street arrancou a sessão desta segunda-feira sem direção definida, numa altura em que os investidores aguardam com expectativa uma série de resultados trimestrais – entre eles, a Nvidia (a empresa com a maior capitalização de mercado do mundo).
A tecnológica apresenta contas ao mercado esta quarta-feira, num momento crucial para o setor dos semicondutores. Os investidores vão estar atentos aos resultados da cotada para perceber se o otimismo em torno da inteligência artificial (IA) – a grande responsável pelo "rally" das tecnológicas este ano – é sustentável ou, apenas, sol de pouca dura.
O industrial Dow Jones é o único dos três principais índices norte-americanas a registar perdas, ao recuar 0,18%, para 43.366,46 pontos. Por sua vez, o Standard & Poor’s 500 avança 0,07% para 5.874,67 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,21% para 18.718,56 pontos.
Os dois últimos índices encontram-se a recuperar da maior descida diária em duas semanas na sexta-feira, sessão que foi marcada pelas declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que afirmou não ter pressa para cortar os juros diretores nos Estados Unidos, uma vez que a maior economia do mundo tem mostrado resiliência nos últimos meses.
"O mercado tem andado muito nervoso", explica Rober Pavlik, da Dakota Wealth, à Reuters, citando ainda as nomeações de Donald Trump para o seu executivo como mais um fator de instabilidade. Em relação à Nvidia, o analista mostra-se "otimista que [os resultados] vão continuar a exceder as expectativas, mas… o otimismo em relação a esse nome tem sido tão elevado que é quase impossível não ver potencial para um ‘sell-off’ [após a apresentação de contas]".
Por sua vez, as ações da Tesla continuam a beneficiar da relação entre Trump e o líder da tecnológica, Elon Musk. O republicano nomeou o magnata para co-liderar o departamento de eficiência governamental do seu executivo e, esta segunda-feira, foi noticiado que os membros da equipa de transição de Trump estariam a tentar flexibilizar as regras regulatórias do país sobre os carros autónomos. A Tesla dispara, a esta hora, 7,13% para 344,16 dólares.
Euribor sobe acima de 3% a 3 meses e volta a cair para novos mínimos a 6 e 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses para mais de 3% e desceu a seis e a 12 meses pela quarta sessão consecutiva para novos mínimos desde dezembro e outubro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,004%, continuou acima da taxa a seis meses (2,735%) e da taxa a 12 meses (2,432%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 2,735%, menos 0,013 pontos e um novo mínimo desde 30 de dezembro de 2022.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou hoje para 2,432%, menos 0,043 pontos do que na sexta-feira e um novo mínimo desde 05 de outubro de 2022.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,004%, mais 0,006 pontos do que na sessão anterior e depois de ter descido para 2,998% na sexta-feira, um novo mínimo desde 28 de março de 2023.
A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa em queda à espera de palavras de Lagarde
Os principais índices estão a negociar maioritariamente em queda esta segunda-feira, com as políticas do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda em foco. Ao mesmo tempo, os investidores aguardam novas declarações de membros do Banco Central Europeu à procura de pistas sobre o futuro da política monetária no bloco europeu.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, desce 0,28% para 501,69 pontos, depois de ter assinalado a quarta semana de quedas consecutiva - a maior série de descidas desde maio de 2022. A registar a maior queda, acima de 0,5%, estão os setores do imobiliário, da tecnologia e do retalho.
Pela positiva, o setor mineiro recupera das perdas da semana passada, com os preços do minério de ferro a recuperarem devido a sinais de maior produção na China no curto prazo.
Entre os principais movimentos de mercado, a Melrose Industries pula mais de 8%, depois de a empresa ter revelado um aumento de 7% das receitas nos quatro meses anteriores a 31 de outubro.
Já a farmacêutica Grifols perde mais de 3%, após o El Confidencial ter noticiado que o fundo canadiano Brookfield planeia oferecer cerca de sete mil milhões de euros pela empresa espanhola.
Esta segunda-feira o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou que as tensões no comércio global adensam os riscos para uma economia da Zona Euro já fraca, enquanto Joachim Nagel, governador do Bundesbank (banco central alemão), disse esperar que as tarifas prometidas por Trump tenham um impacto no comércio internacional, mas que deverão ter um "impacto menor" na inflação.
Os "traders" apontam uma probabilidade de 75% de um corte de juros pelo banco central em dezembro e perspetivam 142 pontos base de descidas no próximo ano.
"Existe um sentimento negativo muito generalizado em relação aos ativos europeus - ações, taxas de juro e câmbio. A atividade económica está a abrandar, as perspetivas de resultados estão a ser revistas em baixa, a procura pela China - um motor crucial para a economia europeia - tem se reduzido. As tarifas propostas estão a agravar uma situação já difícil", descreveu à Bloomberg Marija Veitmane, estratega de multiativos da State Street Global Markets.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,18%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,17% e o italiano FTSEMIB recua 1,54%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,22%.
Pela positiva, o britânico FTSE 100 soma 0,1% e o espanhol IBEX 35 avança 0,02%. Por Lisboa, o PSI ganha 0,07%.
Juros agravam-se na Zona Euro antes de discursos de membros do BCE
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta segunda-feira, com os investidores a aguardarem declarações de vários membros do Banco Central Europeu, como a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, bem como do seu vice-presidente, Luis de Guindos, da presidente do Conselho de Supervisão, Claudia Buch, e do economista-chefe Philip Lane.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, avança 2,6 pontos base para 2,810%, depois de na sexta-feira a Moody's ter mantido a notação de Portugal em "A3" e uma perspetiva estável, abaixo do "outlook" positivo da Standard & Poor’s e da Fitch.
A agência de rating justificou a decisão dizendo que a robustez económica e orçamental é impactada pela procura externa mais fraca e a dificuldade de implementação de políticas devido ao governo minoritário.
A rendibilidade da dívida espanhola soma 2,1 pontos base para 3,073%. Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, aumenta em 1,6 pontos base, para 2,368%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 2,1 pontos base, para 3,101%, enquanto a da italiana agrava-se 2,3 pontos até 3,575%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, estão inalterados nos 4,469%.
Euro recupera de mínimos de um ano face ao dólar
O dólar está a negociar em queda face ao euro e outras divisas rivais, numa inversão do que tem sido a normalidade depois da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, numa altura em que os investidores têm estado a incorporar nos preços o impacto de potenciais tarifas tanto na União Europeia, como na China. Há até já rumores entre os analistas de que o euro possa descer à paridade.
A esta hora, a moeda única europeia valoriza 0,17% para 1,0567 dólares, estando a recuperar de mínimos de um ano atingidos na semana passada. "Se olharmos para o próximo ano, acho que é justo pensarmos que o euro pode vir a negociar em paridade ou perto da paridade, depende muito da implementação da agenda protecionista de Trump", explicou o analista do ING Francisco Pesole, numa nota.
Já face à divisa japonesa o dólar ganha 0,21% para 154,62 ienes, depois de o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter sinalizado que as taxas de juro deverão continuar a aumentar no futuro, no caminho da normalização da política monetária, mas não ofereceu pistas sobre quando tal poderá começar a acontecer.
Dólar a abrandar dá força ao ouro
Com o "rally" do dólar a abrandar, o ouro está a recuperar das fortes perdas da semana passada e valoriza quase 1%. Os investidores aguardam novas pistas sobre o caminho futuro da Reserva Federal, numa altura em que tanto um cenário de pausa ou de corte de juros tem sido avaliado pelos investidores.
O ouro sobe 0,86% para 2.585,3 dólares por onça.
"Os preços do ouro deverão registar uma ligeira recuperação após o forte 'sell-off' e podemos esperar uma valorização com alguma oscilação do dólar", explicou à Reuters o estratega de da IG, Yeap Jun Rong.
"Podemos esperar uma retórica menos 'dovish' dos membros da Reserva Federal em dezembro, com a Fed a preparar o terreno para não mexer nas taxas em janeiro. Isso ainda não foi totalmente incorporado pelos mercados, portanto, qualquer necessidade de recalibração pode representar um obstáculo para o ouro", completou.
Aumento de tensões na Ucrânia impulsiona petróleo
Os preços do petróleo estão a valorizar, depois de os combates entre a Rússia e a Ucrânia se terem intensificado ao longo da semana. A impedir uma maior subida estão preocupações relativamente aos níveis de consumo na China e perspetivas de um excesso de oferta no mercado.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,19% para os 67,15 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,31% para os 71,26 dólares por barril.
Os investidores atentam no maior ataque aéreo russo à Ucrânia em três meses, que causou danos severos á rede elétrica do país. Ainda a centrar atenções está uma decisão por parte do ainda presidente norte-americano, Joe Biden, que deu autorização a Kiev para o uso de armas fabricadas nos Estados Unidos para abater alvos na Rússia, de acordo com fontes citadas pela Reuters.
"Biden permitiu que a Ucrânia atacasse as forças russas à volta de Kursk com mísseis de longo alcance, o que pode levar a um novo ímpeto geopolítico nos preços do petróleo, uma vez que se trata de uma escalada das tensões, em resposta à entrada das tropas da Coreia do Norte no conflito", afirmou à Reuters Tony Sycamore, analista da IG.
Futuros da Europa em alta ligeira. Ásia entre ganhos e perdas
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos ligeiros na abertura, numa altura em que os investidores antecipam uma semana com vários discursos de membros do Banco Central Europeu. Esta segunda-feira as atenções viram-se para os dados do comércio no bloco europeu.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,1%.
Na Ásia, os principais índices seguem a negociar mistos e à procura de uma direção fixa, depois de um "rally" na China induzido por notícias de que o regulador do país tinha pedido às empresas cotadas para aumentarem o retorno aos acionistas.
A Samsung pulou quase 6% após ter anunciado inesperadamente um programa de recompra de ações e levou o sul-coreano Kospi a avançar mais de 2%.
No Japão, o Nikkei perdeu 1,09% e o Topix desvalorizou 0,73%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 2,16%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,79% e o Shanghai Composite recua 0,21%.