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Ao minuto16h48

Ouro sobe após Natal e está a caminho de fechar melhor ano desde 2010

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.
Leonhard Foeger/Reuters
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16h46

Petróleo em alta com estímulos à economia chinesa de volta ao foco

Os preços do petróleo chegaram a valorizar quase 1% esta quinta-feira, embora tenham reduzido significativamente os ganhos, numa sessão pós natalícia em que o volume de negociação é mais pequeno que o habitual. A subida é maioritariamente explicada pelo otimismo em torno de novos estímulos à economia chinesa – o maior importador de crude do mundo –, embora o barril de crude também esteja a beneficiar de uma queda dos "stocks" da matéria-prima nos EUA.

A esta hora, o barril de Brent, de referência para a Europa, para entrega em fevereiro, avança 0,12%, para os 73,67 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,13%, até aos 70,19 dólares por barril.

As autoridades chinesas anunciaram a emissão de quase 400 mil milhões de euros em dívida especial, com o objetivo de financiarem as medidas de estímulo económico planeadas para 2025. Esta quinta-feira, o Banco Mundial reviu em alta as suas expectativas de crescimento para a economia chinesa para este e para o próximo ano, dando ainda mais gás ao otimismo que se vive em torno do país asiático neste momento.

Nos EUA, os "stocks" de crude voltaram a cair na semana passada, com as estimativas da American Petroleum Institute (API) a apontarem para uma queda de 3,2 milhões de barris. Os números oficiais só vão ser divulgados esta sexta-feira (mais tarde do que o habitual devido à pausa de Natal), mas os dados da API já estão a dar algum fôlego aos preços do petróleo.

Adicionalmente, a matéria-prima está ainda a beneficiar de um possível aumento da produção e procura por combustíveis fósseis com a chegada de Donald Trump ao poder, de acordo com o que o analista da Rakuten Securities, Satoru Yoshida, afirmou à Reuters.

16h45

Dólar e bitcoin perdem força. Euro recupera de mínimos de um mês

O dólar está a desvalorizar, embora de forma quase residual, contra os seus principais rivais, numa altura em que os investidores estão a avaliar o possível impacto que as medidas de Donald Trump podem ter sobre o crescimento económico e a inflação dos EUA.

Enquanto se espera que um corte de impostos e uma maior desregulação do mercado impulsionem a economia norte-americana no próximo ano, os analistas estão preocupados com o impacto que as medidas anti-imigração do republicano poderão ter no crescimento económico do país no longo prazo.

O índice do dólar – que mede a força da divisa contra um conjunto de moedas concorrentes - recua 0,08% para 108,17 pontos, com o euro a protagonizar o maior avanço face à "nota verde". A moeda comum recupera de mínimos de um mês e valoriza, a esta hora, 0,05% para 1,0412 dólares, enquanto a libra recua 0,40% para 1,2511 dólares.

Já face à divisa nipónica, o dólar encontra-se a crescer 0,48% para 158,08 ienes, ultrapassando os máximos de cinco meses que tinha alcançado na sexta-feira. O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, voltou a reforçar, esta quarta-feira, a necessidade de aumentar as taxas de juro no país, sugerindo que o momento está cada vez mais próximo.

No mundo dos criptoativos, a bitcoin está a desvalorizar 3,56% para 95.840 dólares, mesmo depois de a MicroStrategy ter anunciado um plano para emitir mais ações - um movimento que vai permitir que a empresa reforce os seus cofres desta moeda digital.   

16h43

Ouro sobe após Natal e está a caminho de fechar melhor ano desde 2010

O ouro foi das poucas matérias-primas que fecharam o ano de 2023 com saldo positivo.

Os preços do ouro estão a ganhar terreno, impulsionados pela procura do metal como ativo-refúgio num dia de baixo volume de negociação após o feriado de Natal. O mercado olha agora para 2025 como um ano incerto e aguarda por novos indicadores económicos do país que voltará a ser governado por Donald Trump, ao mesmo tempo que a Reserva Federal mantém a posição contida no corte de juros dos próximos meses.

Os pedidos de subsídio de desemprego subiram para o número mais elevado dos últimos três anos: 1,91 milhões na semana que terminou a 14 de dezembro, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho hoje divulgados. Os dados parecem refletir a dificuldade dos norte-americanos a encontrarem emprego. 

A esta hora, o metal amarelo avança 0,66% para 2.634,08 dólares por onça. Em 2024, o ouro valorizou 28% e atingiu o máximo histórico de 2.790,15 dólares a 31 de outubro, estando a caminho do melhor ano em 14 anos.
"Parte dos ganhos do ouro em 2024 esteve relacionado com a guerra na Ucrânia, já que a Rússia danificou o sistema elétrico do país", disse Daniel Pavilonis, da RJO Futures, à Reuters. No dia de Natal e depois do ataque russo a algumas cidades ucranianas, o ainda presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Departamento de Defesa para dar continuidade ao aumento de envio de armas para a Ucrânia.
Em 2025, "o ouro ainda vai ser comprado pelos bancos centrais e, à medida que a inflação continuar, poderemos assistir a uma procura maior no lado do retallho", acrescentou o analista, que acredita que os preços possam vir a ultrapassar os 3.000 dólares.
Mas, o metal poderá perder algum "brilho" no ano que vem. Os analistas consultados pela Reuters acreditam que será um ano muito volátil para o ouro e prevê-se um primeiro semestre positivo, com as tensões geopolíticas a intensificarem-se e a darem impulso ao mercado dos metais. Já a segunda metade pode ficar marcada por um abrandamento. 

15h06

Wall Street regressa da pausa natalícia no vermelho. "Megacaps" pressionam

Wall Street regressou da pausa de Natal a negociar em ligeira baixa, com os investidores a reavaliarem as suas carteiras e a aproveitarem o momento para retirar algumas mais-valias. As bolsas norte-americanas têm beneficiado do habitual "rally" do Pai Natal, tendo o S&P 500 registado o melhor desempenho da véspera de Natal desde 1974. 

Os investidores também se encontram a avaliar os dados dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, que ficaram ligeiramente abaixo do consenso dos analistas. Na semana terminada a 21 de dezembro, foram menos mil pedidos, totalizando 219 mil. Os economistas abordados pela Reuters esperavam 224 mil, mas a diferença não é grande o suficiente para influenciar as expectativas em relação ao futuro da política monetária da Reserva Federal (Fed). 

O S&P 500 perde 0,47% para os 6.012,31 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cai 0,58% para 19.910,61 pontos. Já o Dow Jones desvaloriza 0,34% para 43.151,31 pontos. 

A grande maioria das empresas que compõe o grupo das "Sete Magníficas" está a negociar no vermelho, com perdas moderadas, com a Tesla e a Meta a registarem as maiores quedas. A fabricante de automóveis desvaloriza 1,72% e a dona do Facebook cai 1,08%.

Apesar das quedas registadas esta quinta-feira, as ações deste grupo têm sido as principais responsáveis pelo bom desempenho que os principais índices norte-americanos têm registado este ano. De acordo com o que o analista Howard Silverblatt contou à Reuters, sem estas empresas, o S&P 500 só teria crescido 13% em 2024. Com as "Sete Magníficas" contabilizadas, o "benchmark" de referência mundial já avançou mais de 28% este ano.

No mundo das criptomoedas, a queda da bitcoin está a penalizar as empresas ligadas ao setor, depois da MicroStrategy ter anunciado um plano para aumentar o número das suas ações. A tecnológica, agora cotada no Nasdaq 100, cai 3,26% para 346,52 dólares, enquanto outras empresas ligadas ao mundo dos criptoativos, como a Coinbase Global e a Mara Holdings, também registam perdas consideráveis.

09h40

Dólar inalterado e euro recua. "Traders" já de olho na Fed em 2025

O índice do dólar está a negociar praticamente inalterado esta quinta-feira, ao deslizar 0,03% para 108,222 dólares contra as principais divisas rivais, mas ainda assim perto de máximos de dois anos e a caminho de uma valorização mensal superior a 2%.

Por sua vez, o euro recua 0,11% para 1,0396 dólares.

Os investidores já estão focados no rumo das taxas de juro nos Estados Unidos em 2025, com os "traders" a reduzirem as expectativas de descidas das taxas diretoras para apenas 35 pontos base no próximo ano.

"Dado o corte mais 'hawkish' em dezembro, acreditamos que a Fed irá interromper o ciclo de descidas na reunião de janeiro e esperar por mais dados antes de retomar definitivamente, ou potencialmente terminar, este ciclo de cortes", explicou à Reuters Tom Porcelli, economista-chefe dos EUA da PGIM Fixed Income.


"A mudança da Fed para uma política menos acomodatícia, juntamente com o foco contínuo nos dois lados do mandato duplo [o pleno emprego e a inflação nos 2%], acreditamos que o mercado dará maior ênfase aos eventos económicos no próximo ano", completou.

09h39

Fed, Trump e tensões geopolíticas impulsionam ouro

O ouro segue a negociar em alta esta quinta-feira, com os preços sustentados por maior procura por ativos-refúgio devido às tensões geopolíticas, ao mesmo tempo que os investidores se centram no futuro da política monetária nos Estados Unidos e as possíveis tarifas que o Presidente-eleito Donald Trump poderá impor.

O metal amarelo soma 0,38% para 2.626,83 dólares por onça.

O ouro ganha 27% desde o início do ano e caminha para a maior valorização anual desde 2010, impulsionado por perspetivas de cortes de juros pela Reserva Federal e maior incerteza geopolítica.

Por um lado, "alguma inação do dólar e nas 'yields' do Tesouro norte-americano na sessão de hoje, está a permitir que os preços do ouro retomem a sua recuperação após a queda registada depois da reunião da Fed", explica à Reuters Yeap Jun Rong, estratega da IG.

Por outro lado, a troca de acusações entre Israel e o Hamas relativamente à finalização de um acordo de cessar-fogo "poderá estar a gerar uma valorização do ouro", acrescentou Brian Lan, diretor da GoldSilver Central, também à Reuters.

09h03

Estímulos à economia chinesa e queda de "stocks" nos EUA sustentam petróleo

Os preços do petróleo estão a negociar em alta, numa sessão pós natalícia em que o volume de negociação é reduzido. A subida, embora ligeira, está a ser sustentada por expectativas de novos estímulos à economia chinesa - o maior importador de crude do mundo -, ao mesmo tempo que a possibilidade de uma redução dos "stocks" de crude nos Estados Unidos poderá sinalizar maior procura por esta matéria-prima.

O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em fevereiro avança 0,35%, para os 73,84 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,36%, até aos 70,35 dólares por barril.

O ministério das Finanças chinês revelou na terça-feira que planeia fomentar o consumo através de medidas orçamentais como o aumento das pensões e apoios aos seguros de saúde para residentes.

Entretanto, na segunda-feira as autoridades chinesas anunciaram a emissão de quase 400 mil milhões de euros em dívida especial no próximo ano, por forma a financiar medidas de estímulo à economia.

"Os preços do petróleo têm valorizado esta semana, impulsionados pelas notícias de que as autoridades chinesas estão a implementar um estímulo orçamental recorde de 3 biliões de yuans para impulsionar uma economia em dificuldades", disse à Reuters Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova.


"Além disso, uma diminuição dos 'stocks' de petróleo nos Estados Unidos, que sinaliza níveis de procura saudáveis, também sustentou os preços", acrescentou.

08h22

Ásia em alta pela quarta sessão. Japão comanda à boleia do automóvel

Os principais índices asiáticos assinalaram a quarta sessão consecutiva de ganhos esta quinta-feira, já com o farol de Wall Street a apontar para ganhos. O volume de negociação é significativamente reduzido esta semana natalícia.

O MSCI Asia-Pacific – que é composto por cinco mercados desenvolvidos e oito emergentes – somou 0,3%, enquanto no Japão o índice alargado Topix pulou 1,2%, a maior subida diária em quase quatro semanas, e o mais seleto Nikkei 225 subiu 1,12%. Na China, o Shanghai Composite avançou 0,14%, enquanto na Coreia do Sul o Kospi recuou 0,44%.

Além das bolsas europeias e britânicas, também em Hong Kong, Austrália e Nova Zelândia, os mercados estão encerrados.

Entre os principais movimentos de mercado esteve a Toyota que subiu 6%, depois de o Nikkei ter noticiado que a fabricante automóvel pretende aumentar a rendibilidade de capitais próprios para 20% até ao fim do ano fiscal, que termina em março de 2025, duplicando esse rácio face aos valores atuais.

Ainda no setor automóvel a Nissan e a Honda subiram 6,58% e 3,84%, respetivamente, depois de a Okasan Scurities ter aumentando o preço-alvo para a Honda com base na possível fusão ser criadora de valor para as duas companhias.

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