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Juros da casa caem pelo nono mês consecutivo. Valor é o mais baixo desde setembro de 2023
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu 8,5 pontos base entre setembro e outubro, fixando-se em 4,277% no mês passado.
Os juros do crédito da casa abrandaram pelo nono mês consecutivo em outubro para o valor mais baixo desde setembro do ano passado, refletindo a tendência de arrefecimento das Euribor e assinalando a maior descida mensal desde novembro de 2012.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 4,277% em outubro, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 4,277%, valor inferior em 8,5 pontos base face ao registado no mês anterior, acumulando uma redução de 38,0 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%)", detalha o INE.
Nos novos créditos, celebrados nos últimos três meses, a descida acontece há 12 meses consecutivos e a taxa de juro foi de 3,533% em outubro, uma redução mensal de 3,6 pontos base e o valor mais baixo desde março de 2023. Neste caso a diminuição acumulada desde o máximo atingido em outubro do ano passado é de 84,7 pontos base.
"Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 4,239% (-8,3 p.b. face a setembro). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro diminuiu 2,9 p.b. comparativamente com o mês anterior, fixando-se em 3,511%", especifica o instituto de estatística.
O abrandamento foi também registado na prestação, embora o valor médio se mantenha praticamente inalterado desde janeiro, oscilando entre 403 e 405 euros. Em outubro foi de 404 euros, o mesmo valor face ao registado em setembro e uma subida de 12 euros comparado com o mesmo mês do ano passado.
Deste valor, 237 euros (59%) correspondem a pagamento de juros e 167 euros (41%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 12 euros em outubro face ao mês anterior, para 634 euros (uma descida 1.6% face ao mesmo mês do ano anterior).
O INE acrescenta ainda que, em outubro de 2024, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 406 euros face ao mês anterior, fixando-se em 67.692 euros. Para os novos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 136.287 euros, mais 3.948 euros do que em setembro.
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