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Guindos: Política do BCE "é clara" e continuará a trajetória de queda da inflação

A política monetária do banco central seguirá a trajetória descendente dos preços, com uma direção "clara", depois de cortar as taxas de juro três vezes durante 2024, para colocar a principal taxa diretora em 3,25%.

Luis de Guindos não exclui possibilidade de recessão na Zona Euro.
Felix Schmitt/ECB
18 de Novembro de 2024 às 11:22
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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse esta segunda-feira que a direção da política monetária "é clara" e que continuará a trajetória de queda da inflação.

Durante o discurso proferido hoje na conferência Euro Finance Week, que decorre até à próxima sexta-feira em Frankfurt (Alemanha), Guindos disse estar confiante de que a inflação atingirá o objetivo do BCE de 2% no próximo ano.

Neste contexto, a política monetária do banco central seguirá a trajetória descendente dos preços, com uma direção "clara", depois de cortar as taxas de juro três vezes durante 2024, para colocar a principal taxa diretora em 3,25%.

Na sua opinião, o consumo será a força motriz da recuperação económica da zona euro, num contexto em que existem nuvens após o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, mas também razões para estar otimista.

Durante a sua intervenção, o economista espanhol referiu-se ao relatório de estabilidade financeira que o BCE vai publicar na próxima quarta-feira.

A este respeito, considerou que não é o momento de inverter os avanços regulamentares que foram tão difíceis de alcançar.

"Dado que as fontes de risco e as vulnerabilidades permanecem elevadas num contexto de elevada incerteza e fracas perspetivas de crescimento, a nossa dinâmica atual é propícia à manutenção da regulamentação, à preservação da resiliência e à prossecução das políticas macroprudenciais para as instituições não bancárias", afirmou.

O vice-presidente do BCE salientou que existem três vulnerabilidades principais no sistema financeiro europeu. Em primeiro lugar, os mercados continuam suscetíveis a ajustamentos súbitos e acentuados.

Ao mesmo tempo, os riscos soberanos aumentaram, uma vez que os níveis de endividamento permanecem elevados em muitos países, e o risco de crédito é uma preocupação para algumas empresas e famílias da zona euro, o que pode afetar a qualidade dos ativos bancários e não bancários.

Por conseguinte, apelou para a conclusão da União Bancária e para o reforço da resiliência do setor intermediário não bancário para salvaguardar a estabilidade do sistema.
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