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Banco de Portugal a caminho da Feira Popular. Assinou memorando com a Fidelidade

Banco central quer centralizar escritórios num novo edifício a construir nos terrenos da antigo Feira Popular, em Lisboa. Construção deverá ser concluída em 2027. Valor da operação não foi revelado.

A regulação do Banco de Portugal em vigor é datada de 2008 e não abrange intermediários de crédito, negócio que tem crescido nos últimos anos.
Miguel Baltazar
27 de Janeiro de 2025 às 18:00
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O Banco de Portugal deu um passo para a aquisição de uma nova sede. Em comunicado, o supervisor informa que assinou com a Fidelidade um memorando de entendimento que estabelece as bases para a aquisição de um edifício localizado nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos (Lisboa). O valor da operação não foi revelado nem pelo Banco de Portugal nem pela Fidelidade, que também anunciou a operação em comunicado.


"Este acordo, que culmina um extenso trabalho de análise técnica, funcional e jurídica, envolvendo equipas de ambas as entidades, reflete o interesse do Banco de Portugal em ali concentrar os seus escritórios em Lisboa e o compromisso da Fidelidade em concretizar a transação", acrescenta o gabinete de Mário Centeno.

O supervisor sublinha também que a operação representa o princípio do fim de uma intenção que já tem dezenas de anos. "A concretização desta aquisição vai ao encontro das necessidades do Banco de Portugal nos planos funcional e institucional e representa o culminar de um processo com várias décadas de procura da melhor solução para uma localização única do espaço de escritórios na cidade de Lisboa".

A operação ainda de negociações adicionais.

O regulador sublinha que o projeto "apresenta uma infraestrutura moderna e funcional com os mais altos padrões de sustentabilidade, numa localização central com grande acessibilidade, integrada e aberta à comunidade. As obras devem terminar daqui a quase três anos, "no terceiro trimestre de 2027".

O Banco de Portugal está neste momento a adaptar o edifício Álvaro Pais (conhecido como Edifício Marconi, localizado a poucas centenas de metros da futura sede) para receber os funcionários que estão atualmente no edifício Portugal, na Avenida Almirante Reis.

As condições oferecidas por aqueles escritórios deixaram de ser satisfatórias e segundo explicou Mário Centeno em 2024, o edifício Portugal "requer, do ponto de vista infraestrutural, um conjunto de intervenções de elevado valor que não são compatíveis com a projeção da permanência do Banco nesse edifício". Seria dinheiro "que não teria retorno a prazo porque não projetamos a nossa permanência naquele edifício num período compatível com as avultadas despesas que teríamos de fazer", insistiu.

O edifício Marconi é uma solução temporária até que a nova sede esteja construída.

A atual sede, na baixa de Lisboa, manter-se-à como local eleito para momentos institucionais. Vai também continuar a ser a casa do Museu do Dinheiro.

No final de 2023 o BdP tinha 1.752 funcionários.

Os terrenos da antiga Feira Popular foram comprados pela Fidelidade no final de 2018 por mais de 270 milhões de euros.

A concretização desta aquisição representa o culminar de um processo com várias décadas.Banco de Portugal
Fonte oficial
O edifício Marconi é uma solução temporária até que a nova sede esteja construída.

As obras devem terminar no terceiro trimestre de 2027.

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