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Bruxelas e Pequim estudam trocar tarifas europeias por preço mínimo em elétricos chineses
A União Europeia e a China têm vindo a negociar para ultrapassar o impasse que ditou a imposição de tarifas à importação de veículos elétricos "made in China" em outubro do ano passado.
A União Europeia (UE) e a China concordaram em analisar a possibilidade de fixar preços mínimos na Europa para os veículos elétricos produzidos na China em substituição das tarifas impostas por Bruxelas em outubro do ano passado, indicou um porta-voz da Comissão Europeia na quinta-feira.
Antes, o jornal alemão Handelsblatt tinha avançado que as negociações tinham sido iniciadas.
O porta-voz da Comissão indicou que o comissário do Comércio, Maros Sefcovic, tinha conversado com o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, e que ambas as partes concordaram em analisar a possibilidade de fixar preços mínimos.
Sefcovic já tinha referido que quaisquer eventuais preços mínimos tinham de ser tão efetivos e aplicáveis como as tarifas impostas por Bruxelas.
A Comissão defendeu anteriormente que um preço mínimo não seria adequado para combater os danos causados pelos subsídios estatais de Pequim aos fabricantes.
Bruxelas já recorreu a soluções de fixação de preços mínimos, mas para "commodities" e nunca para produtos tão complexos como automóveis, assinala a Reuters.
As tarifas impostas em outubro do ano passado, elevaram para 27% as taxas a pagar pela BYD, para 28,8% para a Geely - dona da Volvo -, e para 45,3% no caso da SAIC.
Em resposta, Pequim aplicou tarifas sobre o conhaque francês e outras bebidas destiladas importadas da Europa.