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Ouro recua com liquidação de posições e interesse noutros ativos-refúgio

Na sessão desta terça-feira, o metal precioso perde um pouco de brilho, mas mantém-se perto dos máximos históricos de 31 de outubro. O iene e o franco suíço estão a ser os valores seguros mais procurados.

Reuters
27 de Janeiro de 2025 às 17:05
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O metal amarelo está a negociar no vermelho, depois de na sexta-feira ter transacionado em torno dos máximos históricos atingidos a 31 de outubro passado (2.790,15 dólares por onça). A pressionar o ouro na sessão de hoje está sobretudo a liquidação de posições por parte dos investidores, a par com um sell-off desencadeado pelo aumento do interesse na start-up chinesa de inteligência artificial DeepSeek.

O ouro a pronto (spot) perde 1,02% para 2.742,98 dólares por onça no mercado londrino. No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro cedem 1,14%, para 2.745,60 dólares por onça.

A forte queda das bolsas europeias e norte-americanas – sobretudo o setor tecnológico, penalizado pelo desvio das atenções para a chinesa DeepSeek – está a levar os investidores a ficarem mais avessos ao risco, mas não é em típicos ativos refúgio como o ouro, a nota verde ou a dívida norte-americana que estão a apostar, mas sim noutros ativos seguros, como o iene e o franco suíço.

Assim, além do ouro, também as obrigações norte-americanas estão em queda (o que significa que os juros da dívida estão a subir), a registarem mínimos de três semanas. E o mesmo acontece com o dólar - o que até poderia beneficiar o ouro, que é denominado na nota verde e fica assim mais atrativo para quem negoceia com outras moedas, mas não está a ser o caso neste arranque de semana.

O sell-off surge antes da primeira reunião do ano da Reserva Federal norte-americana, na qual se espera que os juros diretores se mantenham nos atuais níveis.

Os investidores estão à espera de quaisquer sinais sobre as futuras decisões políticas do Presidente dos EUA, Donald Trump, com a ameaça de novas tarifas alfandegárias a poder trazer mais inflação.

Apesar da queda de hoje, o ouro continua a ser um porto seguro. "A procura por ativos-refúgio vai continuar a sustentar o metal precioso, que deverá continuar a marcar novos máximos históricos devido à grande incerteza em torno da agenda política da Administração Trump", sublinha à Reuters o vice-presidente e estratega sénior da Zaner Metals, Peter Grant.

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