O clima de polarização e, acima de tudo, a intolerância, não é favorável à escola. O alerta é de David Justino, antigo ministro da Educação do Governo de Durão Barroso, que olha para a troca de insultos entre deputados no Parlamento e para o comportamento de líderes como Trump com preocupação pelo mau exemplo que são para as novas gerações. A escola é "porosa" e suscetível a essas influências, por mais que os professores tentem contrariá-las na sala de aula. O investigador assina o estudo "Necessidades de Professores: deficit ou ineficiência na gestão da oferta de ensino?’ da Edulog, o "think tank" da Fundação Belmiro de Azevedo. No documento, defende uma melhor gestão dos recursos humanos para libertar professores. O estudo refere que, apesar de ter havido entre 2014 e 2023 uma perda de cerca de 117 mil alunos, houve um aumento de nove mil docentes, o que indica uma "ineficiência" na gestão.