Notícia
Lançada megaoperação de buscas. Banco de Portugal é um dos alvos
Em causa estão suspeitas de conluio na contratação pública, em concreto, na compra de material informático, num valor total de 17 milhões de euros. PJ esclarece que buscas não visam decisores políticos.
Está em curso uma megaoperação de buscas, com 75 mandados para Lisboa, Porto e Braga, que mobiliza no terreno 250 inspetores da Polícia Judiciária (PJ), com o Banco de Portugal a figurar entre os alvos, bem como a secretaria-geral do Ministério da Justiça, avança o canal NOW, da MediaLivre. Em causa estão suspeitas de conluio para viciar procedimentos de contratação pública e privada, que ascendem aos 17 milhões de euros.
A notícia avançada pelo NOW foi depois confirmada pela PJ em comunicado, que não indicou, no entanto, as instituições visadas. Já o Banco de Portugal confirmou, mais tarde, que a operação da PJ visa as suas instalações e que "conta com a sua total colaboração".
O processo corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e envolve também a procuradoria europeia.
A operação "Pactum" incide sobre domicílios, escritórios de contabilidade, sedes de sociedades, institutos públicos e outros serviços do Estado, explica a PJ em comunicado que sublinha que as "buscas destinam-se à recolha de informação relacionada com funcionários desses serviços e não visavam decisores políticos".
A investigação foca-se num "conjunto de indivíduos que, em conjugação de esforços e de forma premeditada, viciaram dezenas de procedimentos de contratação pública e privada", num valor total global de pelo menos 17 milhões de euros.
A Judiciária confirma uma investigação a "condutas relacionadas com aquisições de serviços na área da Tecnologia de Informação, por várias entidades públicas e por uma entidade privada, entre os anos de 2017 e 2025".
Os factos investigados são suscetíveis de integrar os crimes de participação económica em negócio, acesso ilegítimo com violação de confidencialidade, de abuso de poder, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, falsidade informática, fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, tráfico de influência, associação criminosa e ainda do crime de branqueamento, informa a PJ.
Notícia em atualização