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Lehman retira prémio de OPA ao BCP e reduz preço-alvo

A Lehmam Brothers reduziu o preço-alvo do BCP para 3,17 euros, retirando o prémio de novas aquisições antes aplicado à avaliação. Esta casa junta-se assim à KBW, Deutsche Bank, Citigroup e UBS, que já ontem tinham revisto em baixa o "target" para o banco,

26 de Julho de 2007 às 11:54
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A Lehmam Brothers reduziu o preço-alvo do BCP para 3,17 euros, retirando o prémio de novas aquisições antes aplicado à avaliação. Esta casa junta-se assim à KBW, Deutsche Bank, Citigroup e UBS, que já ontem tinham revisto em baixa o "target" para o banco, na sequência dos resultados.

O banco de investimento americano afirma que os resultados do segundo trimestre ficaram "abaixo das expectativas", com "a baixa margem financeira a não compensar o crescimento no crédito e o aumento do contributo da subsidiária na Polónia". O que leva a Lehman Brothers a reduzir em 3% e 2% as estimativas de resultados para 2008 e 2009, respectivamente.

A Lehman Brothers revê também em baixa o preço-alvo para as acções do BCP, retirando o prémio antes aplicado à estratégia de fusões e aquisições do BCP. "Não acreditamos que o BCP irá agora olhar para uma aquisição", afirma o analista Daragh Quinn. 

A nova avaliação, que baixa de 3,28 para 3,17 euros, deve-se ainda à revisão em baixa das estimativas de resultados. Ainda assim, a Lehman Brothers mantém a recomendação de "equal-weight", por acreditar que o reforço do BPI no capital do BCP e a assembleia geral de 6 de Agosto deverão continuar a suportar as acções.

A Lehman Brothers é o quinto banco a reduzir o "target" para o BCP na sequência da apresentação de resultados do primeiro semestre, depois do KBW, do Deutsche Bank, do Citigroup, e da UBS.

As acções do BCP [bcp] seguem a recuar 2,4% para 3,66 euros. Mas já estiveram a cair 2,93% para os 3,64 euros.

Reforço do BPI aumenta especulação de OPA

O BPI fez ontem saber que nos últimos dois dias comprou 45 milhões de acções do BCP, passando a deter 8,51% do capital do banco.

Este reforço permite a Fernando Ulrich apresentar-se na AG como um dos maiores accionistas do BCP, baralhando as expectativas dos apoiantes de Paulo Teixeira Pinto, presidente executivo do banco, e de Jardim Gonçalves, presidente do Conselho Geral e de Supervisão.

O presidente do BPI já afastou a hipótese de este reforço estar relacionado com a preparação de uma oferta de aquisição sobre o banco rival. "Está fora de questão OPA ao BCP", afirmou ao "Diário Económico".

Mas na nota divulgada hoje, a Lehman Brothers diz que o aumento da participação do BPI "vai gerar mais especulação de uma OPA sobre o BCP".

Ontem terminou o prazo normal para a aquisição de acções para participar na assembleia geral do BCP de dia 6, onde serão votadas as propostas apresentadas pelos accionistas apoiantes de Paulo Teixeira Pinto.

O bloqueio das acções para participar na reunião de accionistas pode ser feito até dia 30 de Julho. Mas como o prazo normal de liquidação das acções adquiridas é de três dias úteis, na prática terminou ontem o prazo para comprar títulos que dêem direito a participar na AG. Nos bancos em que exista a possibilidade de registo das acções em "real-time", a aquisição de acções pode ser feita até amanhã.

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