O Governador do Banco de Portugal recusou tecer qualquer comentário sobre a situação de instabilidade vivida no centro de poder do maior banco privado português, o BCP, na Comissão do Orçamento e Finanças onde esteve esta manhã a apresentar aos deputados o relatório do Banco de Portugal de 2006 e as previsões de Verão.

À saída do encontro com os deputados, Vítor Constâncio, responsável pelo órgão supervisor do sistema financeiro português, afirmou aos jornalistas que não comenta a tensão que se vive entre o líder histórico do BCP, Jardim Gonçalves, e o actual presidente-executivo do banco, Paulo Teixeira Pinto, porque "tudo o que é conhecido é o que é atribuível aos protagonistas, porque os próprios ainda não se pronunciaram sobre a situação".

"O BCP mantém a sua operacionalidade normal, pelo que não há qualquer tipo de comentário a fazer", concluiu.

Na semana passada, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerou que "seria importante que essa instituição [Banco Comercial Português] pudesse o mais cedo possível resolver a situação e clarificar" o que actualmente se passa no banco, disse o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tendo em conta que o Ministério das Finanças tem o dever de superintendência e defesa da estabilidade do sistema financeiro.