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Neerlandês vai converter antiga fábrica BelaOlhão em 500 casas de luxo e um hotel

A imobiliária Carvoeiro Branco, detida por Erik de Vlieger, que se mudou de Amesterdão para o Algarve há duas décadas, adquiriu à Câmara de Olhão, por 9,5 milhões de euros, a antiga fábrica de rações para animais, que fechou em 2008 e deixou 180 trabalhadores no desemprego.

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O neerlandês Erik de Vlieger começou a comprar imóveis em Portugal em 1996, ano em que a então fábrica de conservas BelaOlhão era adquirida por Zein Mayassi, empresário libanês que pretendia relançar esta indústria algarvia com produtos de alta qualidade, num investimento estimado em dezenas de milhões de euros.

 

Mas os planos do novo dono da BelaOlhão saíram furados, tendo a fábrica passado a dedicar-se, a partir de 2002, à produção de rações para cães e gatos em saquetas e latas, atividade que manteve durante meia dúzia de anos. Sem pré-aviso, a fábrica fechou a 3 de novembro de 2008, deixando no desemprego 180 pessoas, das quais 120 mulheres.

 

Entretanto, Erik de Vlieger, que se tinha mudado de Amesterdão para o Algarve em 2006, funda a  Carvoeiro Branco e torna-se um dos principais promotores imobiliários da região, desenvolvendo projetos como a reabilitação do antigo edifício Mabor, junto à zona ribeirinha de Portimão, tendo recentemente anunciado sete projetos em Lagoa, no valor de 132 milhões de euros.

 

27 de janeiro de 2025: a Câmara de Olhão anuncia que vendeu, por 9,5 milhões de euros, o imóvel da antiga fábrica de rações para animais BelaOlhão à empresa de Erik de Vlieger, revelando que, "naquele espaço, a Carvoeiro Branco, promotor de referência no setor imobiliário, com quase 20 anos de experiência, vai fazer nascer um projeto de uso misto, que irá integrar componentes turísticas e residenciais".

 

O empreendimento, que será desenvolvido pela Antrix, subsidiária da Carvoeiro Branco, "contará com cerca de 500 apartamentos e uma unidade hoteleira de luxo, numa área de construção de aproximadamente 70 mil metros quadrados", detalha a autarquia, em comunicado.

 

O contrato de venda estipula "um prazo para a conclusão do projeto imobiliário, que deverá estar pronto 96 meses após a assinatura da escritura".

 

Citado na nota municipal, Erik de Vlieger salienta a relevância estratégica do investimento, quer para a empresa, quer para a cidade.

 

"Estamos empenhados em criar um empreendimento que redefina os padrões de luxo e qualidade em Olhão, oferecendo aos residentes e visitantes uma experiência única. Este projeto é um testemunho do compromisso da Carvoeiro Branco com o desenvolvimento social e económico da região", afirma o CEO da Carvoeiro Branco.

 

O contrato estabelecido com a Câmara de Olhão, que tinha adquirido o imóvel em 2019 por 4,5 milhões de euros, contempla "a cedência ao município de 250 lugares de estacionamento, gratuitamente e sem termo, o que criará mais uma bolsa de estacionamento na cidade", realça a autarquia.

 

A propósito da conclusão deste processo, o presidente da Câmara de Olhão, António Miguel Pina, revela-se "satisfeito por concluir aquele que foi um grande desafio que assumimos há cerca de seis anos, quando decidimos comprar aquele espaço, transformá-lo e fazer ali um projeto-âncora para o desenvolvimento da zona nascente da cidade".

 

"Este empreendimento promete reforçar não apenas a paisagem urbana, mas também os esforços de requalificação que a Câmara Municipal tem levado a cabo naquela zona da cidade, nomeadamente a renovação da Avenida 16 de Junho, que ampliou e valorizou a frente ribeirinha", considera o presidente do município, citado no comunicado.

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