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Wall Street fecha em alta após Trump reiterar tarifas
As principais bolsas norte-americanas fecharam no verde, animadas pelos dados do consumo. O anúncio de tarifas de Donald Trump não travou os ganhos.
Os principais índices de Wall Street fecharam com ganhos esta quinta-feira, numa sessão marcada pela divulgação de dados económicos norte-americanos, que acabaram por ser encarados como positivos pelos investidores.
As bolsas fecharam em alta apesar dos comentários de Donald Trump, que reiterou já perto do final da sessão que as tarifas anunciadas de 25% sobre o Canadá e o México a implementar a partir de 1 de fevereiro se mantêm.
O S&P 500 subiu 0,50% para 6.069,49 pontos, com cerca de 85% das empresas que o compõem a fecharem no verde, enquanto o industrial Dow Jones subiu 0,38% para 44.882,13 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,38% para 19.681,85 pontos, num momento em que decorre a temporada de resultados das "big tech" e o setor recupera do tombo do início da semana causado pela DeepSeek.
Os dados desta quinta-feira dos EUA revelaram que a economia se expandiu a um ritmo sólido em 2024, embora o crescimento do PIB tenha ficado aquém das expectativas no quarto trimestre.
Já o consumo, considerado o motor da economia norte-americana, avançou a um ritmo de 4,2%, a primeira vez desde finais de 2021 que a despesa do consumidor ultrapassou os 3% em trimestres consecutivos, com o impulso dado pela venda de veículos.
Neil Birrell, da Premier Miton Investors, assinala à Bloomberg que a "economia está bastante bem". "No geral, está em terreno firme à entrada de 2025, o que suporta os ativos de risco, tendo em conta a forte ligação entre o crescimento económico e os lucros empresariais", complementa Josh Jamner, da ClearBridge Investments.
Na temporada de resultados das tecnológicas, a Tesla subiu 2,87%, apesar de ter dececionado as expectativas dos analistas nos lucros e receitas do quarto trimestre. O "outlook positivo" para 2025, em que a empresa prometeu regressar ao crescimento das entregas de veículos e lançar um modelo mais barato no primeiro semestre.
Já a Microsoft perdeu 6,18%, devido ao crescimento da unidade de cloud ter ficado abaixo das previsões, num momento em que a empresa está a fazer investimentos massivos em infraestruturas para IA e está com dificuldades em acompanhar as encomendas dos clientes.
Os investidores aguardam agora pelos resultados da Apple, que divulga os números trimestrais ainda esta quinta-feira.