Jardim Gonçalves enviou uma segunda carta aos cerca de 180 mil accionistas do BCP, onde apelida de "radicais" e "graves" as propostas que os apoiantes de Teixeira Pinto vão levar à Assembleia Geral de dia 6 de Agosto, noticia hoje o "Diário Económico".

Segundo o jornal Jardim faz também uma clara distinção entre aqueles accionistas radicais, que buscam a "ruptura", e os que partilham os seus valores, como a "estabilidade" e a "continuidade".

As críticas duras de Jardim incidem sobre as propostas de alteração do modelo de governação do banco e a de destituição de cinco administradores do BCP, aliados do presidente do conselho geral e de supervisão.

Segundo o "Diário Económico", o banqueiro diz que o objectivo dos apoiantes de Teixeira Pinto não é a alteração do modelo de governo do banco, mas sim na composição nominativa dos órgãos sociais. Ou seja, o que os move é a vontade de "substituir pessoas".

Para o presidente do conselho geral e de supervisão esta atitude traduz-se num "risco de instabilidade no governo da sociedade" e "poderá pôr em risco a própria orientação estratégica adoptada" pelo BCP.