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ING diz que "luta" no BCP deverá continuar a impulsionar acções

A luta pelo poder no BCP, juntamente com o reforço de accionistas no BCP e consequente apoio a Jardim Gonçalves ou Paulo Teixeira Pinto, deverá continuar a impulsionar as acções do banco português, considera o ING. A casa de investimento compara as razões

29 de Junho de 2007 às 14:22
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A luta pelo poder no BCP, juntamente com o reforço de accionistas no BCP e consequente apoio a Jardim Gonçalves ou Paulo Teixeira Pinto, deverá continuar a impulsionar as acções do banco português, considera o ING. A casa de investimento compara as razões da valorização do BCP às que impulsionaram os títulos da Metrovacesa no ano passado.

A Ongoing Strategy de Nuno Vasconcellos, que  se revelou um accionista-chave na derrota da Sonaecom na OPA lançada sobre a PT, entrou no capital do BCP e apoia a gestão de Paulo Teixeira Pinto.

Em declarações ao Diário Económico, o empresário disse deter, neste momento, menos de 2% do capital social do banco, que esta posição foi construída nos últimos dias e que o seu objectivo é situar-se entre os 2% e 5%.

São vários os accionistas que têm entrado e reforçado no capital do BCP. O último foi Joe Berardo, através da Metalgest, reforçou a sua posição no capital do BCP para 4,5%, assumindo o estatuto de quinto maior accionista do maior banco privado nacional.

Numa nota de research, o ING explica que esta luta está a impulsionar as acções do BCP e que deverá continuar por alguns dias. O banco presidido por Paulo Teixeira Pinto já valorizou 21% desde a AG (dia 28 de Maio). As razões relacionam-se com esse conflito e consequentemente com o facto de serem vários os accionistas a reforçarem e até mesmo a comprarem acções do BCP para marcar uma posição.

Metrovacesa também registou fortes valorizações com conflitos na administração

O BCP atravessa conflitos no seio da administração e entre os accionistas. Um grupo de sete accionistas entregou mesmo ao presidente da mesa da assembleia geral (AG) do Banco Comercial Português (BCP) um pedido para convocar reunião de accionistas do banco, no qual propõe um novo modelo societário para a instituição financeira.

Esse grupo, que propõe uma reforma estatutária no BCP e apoia Paulo Teixeira Pinto, defende que cada acção do banco dê direito a um voto. E pretende reduzir o limite máximo da remuneração variável dos gestores de 10% para apenas 3% dos lucros da instituição.

São vários os accionistas que têm vindo a reforçar no capital do BCP desde a AG, dia 28 de Maio, Para além de Joe Berardo, o Banco Privado Português (BPP) aumentou a sua participação para 2,5%, a EDP adquiriu ao seu fundo de pensões 0,6% do capital do BCP, mantendo os 4,35% no banco, no dia 5 de Junho, a Sonagol reforçou a sua participação no para 2% do seu capital.

Poucos dias depois, dia 12 do mesmo mês, a família Moniz da Maia, através da Sogema, passou a controlar uma participação qualificada no capital social do BCP, ao ultrapassar os 2%.

Três dias depois foi a vez da Teixeira Duarte, através da sua participada Tedal, comprar 20,5 milhões de acções do Banco Comercial Português, elevando para 5,13% a posição da construtora no banco liderado por Paulo Teixeira Pinto. Pedro Teixeira Duarte foi um dos apoiantes de Jardim Gonçalves na última assembleia geral do BCP.

Para o ING, a situação do BCP "é muito semelhante à que aconteceu com a empresa estatal espanhola Metrovacesa". Numa luta pelo controlo entre o conselho de administração e accionistas as acções subiram de 70 para 130 euros, tendo estabilizado nos últimos meses nos 80 euros.

As acções do BCP subiam 0,73% para os 4,14 euros.

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