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Wall Street volta aos ganhos. Investidores aproveitam preços baixos das ações

Os traders aproveitaram as mais recentes desvalorizações para reforçarem as suas carteiras. As grandes tecnológicas brilharam, num dia sem novos avanços na guerra comercial entre EUA e parceiros.

Mark Lennihan/AP
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Os investidores aproveitaram as desvalorizações mais recentes nos mercados norte-americanos para reforçarem as suas carteiras de investimento. O movimento, conhecido como "buy the dip", ou comprar em desconto, levou os três principais índices do país a encerrarem a negociação desta sexta-feira com ganhos avultados, com o setor tecnológico a ser o mais beneficiado.

O S&P 500 avançou 2,13% para 5.638,94 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 2,61% para 17.754,09 pontos. Os ganhos desta sessão foram suficientes para retirar os dois índices de território de correção, ou seja, estão a menos de 10% dos seus máximos de fecho. Por sua vez, o industrial Dow Jones cresceu 1,65% para 41.488,19 pontos.

Todas as empresas que compõe o grupo seleto das "Sete Magníficas" conseguiram encerrar a sessão no verde, embora só a Meta registe um saldo anual positivo. As ações ligadas aos semicondutores foram as que mais valorizaram esta sexta-feira, com a Nvidia a disparar 5,27% para 121,67 dólares.

"Os investidores voltaram a ficar bastante animados com todos os desenvolvimentos que têm existido em torno da inteligência artificial (IA) e é expectável que continuem", explica Jed Ellerbroek, analista da Argent Capital, à Reuters. "Estas ações têm estado a ser bastante pressionadas, especialmente no últimos mês com os investidores a fugirem do risco", concluiu.

Apesar dos avanços desta sexta-feira, os três principais índices norte-americanos fecharam a semana com perdas. Os desenvolvimentos na frente comercial, com os EUA e a União Europeia (UE) a intensificarem a narrativa, acabaram por eclipsar o otimismo em torno de uma inflação em trajetória descendente na maior economia do mundo. Além disso, os analistas avaliam, agora, o impacto que as tarifas podem vir a ter na inflação, indicando que a desaceleração mais recente pode ser sol de pouca dura.

Entre as principais movimentações de mercado, a Tesla cresceu 3,86% para 249,98 dólares, depois de ter sido reportado que a fabricante de automóveis liderada por Elon Musk está a planear produzir uma versão "low-cost" do seu Model Y em Xangai. A China é o segundo maior mercado da empresa e a Tesla tem enfrentado competição feroz de outras fabricantes locais, que oferecem preços muito mais baratos.

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