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"Megacaps" dão força a Wall Street após uma semana negra

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Peter Morgan/AP
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13h53

"Megacaps" dão força a Wall Street após uma semana negra

As principais bolsas norte-americanas abriram em alta na última sessão da semana, numa altura em que as "megacaps" sobem e dão algum alívio aos mercados acionistas, que registaram uma semana agitada devido às políticas protecionistas dos EUA. 

Os índices estão agora a corrigir das perdas avultadas. O S&P 500 sobe 0,93% para os 5.572,93 pontos, depois de na sessão anterior ter caído para território de correção, já que perdeu mais de 10% desde que atingiu máximos a 19 de fevereiro.

Já o Nasdaq Composite - o mais castigado esta quinta-feira -, recupera e ganha 1,6% para 17.579,38 pontos. Já o Dow Jones soma 0,48% para 41.012,94 pontos.

A incerteza que paira sobre as políticas de tarifas "inconsistentes" do Presidente dos EUA lançou uma sombra sobre as perspetivas de investimento, ameaçando arrastar a economia norte-americana para uma inflação elevada e uma recessão - cenário que ainda está bem presente entre os investidores. 

"Embora nos estejamos a habituar a este caos, ainda parece que a política dos EUA está a ser anunciada de forma aleatória", considerou à Reuters Art Hogan, da B Riley Wealth.

A animar o sentimento dos investidores está ainda a convicção dos economistas de que a Reserva Federal vai cortar os juros duas vezes este ano, apesar de manterem as taxas inalteradas nos primeiros seis meses. Segundo a Bloomberg, a Fed deverá proceder a duas descidas dos juros: em setembro e em dezembro. O melhor é "esperar para ver", dizem, para avaliar o impacto das tarifas de Trump na economia. 

Além disso, depois de esta manhã o ouro ter ultrapassado a barreira dos 3.000 dólares por onça, as ações das empresas do setor valorizaram: Barrick Gold ganha 1,9%, a Gold Fields aumenta 2,3% e a Sibanye Stillwater soma 3,1%. 

As "megacaps", que suportaram o peso da liquidação desta semana, estão agora a carregar Wall Street para o verde. A Meta Platforms sobe 2,3%, a Nvidia ganha 3,5%, a Apple avança 1,5% e a Broadcom salta mais de 2%. 
A Tesla ganha também acima de 2% após anunciar que fará uma versão mais barata do seu best-seller Model Y em Xangai, com o objetivo de recuperar o terreno perdido durante a guerra de preços no seu segundo maior mercado.

12h37

Euribor desce a três, sobe a seis e mantém-se a 12 meses

O aumento dos custos com o crédito da casa é um dos fatores de pressão para os orçamentos familiares identificado no inquérito da Intrum.

A Euribor desceu hoje a três meses, abaixo de 2,5%, subiu a seis e manteve-se igual a 12 meses em relação a quinta-feira.

Com as alterações de hoje, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base na semana passada, a taxa a três meses, que baixou para 2,478% (menos 0,023 pontos), continuou acima da taxa a seis meses (2,415%) e da taxa a 12 meses (2,451%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,415%, mais 0,029 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em 05 de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril, numa altura em que os juros das dívidas soberanas estão a subir.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

10h06

Europa deixa tarifas de lado e anima-se com impulso ao consumo na China

As previsões para os resultados da Europa são pessimistas.

As principais bolsas europeias estão a negociar em alta na última sessão da semana, num momento em que os investidores parecem estar animados com as expetativas de aumento de consumo por parte da China, já que o Governo se prepara para anunciar um novo pacote de estímulo ao consumo na próxima segunda-feira. 

A notícia veio pôr água na fervura dos investidores dominados por um sentimento negativo, já que a guerra comercial das tarifas entre o bloco e os EUA se adensa. 

Donald Trump ameaçou esta quinta-feira taxar a 200% as importações de bebidas alcoólicas europeias, em resposta às tarifas de 26 mil milhões de euros do bloco ao lado de lá do Atlântico. A escalada de tensões tem feito mossas nas expetativas de crescimento económico das duas partes. 

As ações europeias abriram a sessão sem força, e estavam perto da linha d'água, depois das quedas registadas na quinta-feira terem reduzido o ganho anual do "benchmark" para menos de 7%. Agora, o Stoxx 600, ganha 0,5% para 543,21 pontos. Ainda assim, a Europa deve fechar segunda semana de quedas consecutiva.

Os setores de tecnologia e dos "basic resources", estão a dar o maior impulso num momento em que saltam mais de 1%. A travar maiores subidas estão as "utilities" e os media.

Entre os principais movimentos do mercado, a Carlsberg subiu até 5% depois de o RBC ter melhorado a classificação da fabricante de cerveja, assinalando a pouca exposição ao mercado norte-americano.

Já a holandesa Universal Music Group a cair até 11%, depois de a acionista Pershing Square ter vendido as ações da empresa "com desconto".

As ações da Kering mergulharam 12% após ter escolhido Demna Gvasalia como o novo diretor da Gucci, que se encontra em dificuldades.

No setor automóvel, que tem sido um dos mais fragilizados com as tarifas e o abrandamento europeu, a BMW cedeu perto de 2% após ter previsto que a rentabilidade deste ano ficará "muito abaixo" dos seus objetivos. 

Entre as principais praças europeias, o alemão Dax e o italiano FTSEMIB avançam ambos 0,47%, o francês CAC-40 soma 0,57%, o britânico FTSE100 salta 0,36% e o holandês AEX ganha 0,40%. Também o espanhol IBEX 35 valoriza 0,65%.

09h38

Juros agravam-se na Zona Euro. "Gilts" escapam

Os juros da dívida soberana da Zona Euro estão a subir esta sexta-feira, e o foco dos investidores recai sobretudo nos desenvolvimentos da guerra das tarifas entre a União Europeia e os Estados Unidos, a conversações sobre tréguas na Ucrânia e no debate no Parlamento alemão. 

O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, debate com a oposição para tentar que seja aprovado um novo acordo de dívida do país. Assim, os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 2,5 pontos base para 2,877%.

Por cá, os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, sobem 1,5 pontos base para 3,374%, no dia em que Portugal vai ao primeiro teste das agências de rating desde que o país entrou em crise política. A Fitch vai hoje avaliar a qualidade da dívida pública portuguesa.

No país vizinho, a "yield" da dívida espanhola com o mesmo vencimento soma 1 ponto para 3,507%. Em Itália, o agravamento é ligeiro, de 0,2 pontos para 4,004% e a rendibilidade da dívida francesa cresce 1,6 pontos base para 3,571%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a tendência contrária e sobem 0,1 pontos base para 4,679%.

09h31

Euro afasta-se de máximos de cinco meses e dólar segura posição

O dólar norte-americano consegue segurar a sua posição face ao euro, que se afasta cada vez mais de máximos de cinco meses, num momento em que os investidores digerem a escalada de tensões com as retaliações das tarifas entre os dois blocos. 

O euro cede a esta hora modestos 0,01% para 1,0851 dólares, e, face à divisa nipónica, a moeda única ganha 0,77%. O iene perde força esta sexta-feira, perante a queda nas apostas de mais cortes nas taxas de juro por parte do Banco do Japão. O dólar ganha 0,8% para 148,97 ienes.

Depois de a União Europeia anunciar um pacote de tarifas de 26 mil milhões de euros sobre os produtos norte-americanos, em resposta às taxas dos EUA sobre aço e alumínio, Trump elevou a fasquia e ameaçou o bloco com tarifas de 200% sobre a importação de bebidas alcoólicas europeias. 

Sem acordos comerciais à vista, o mercado pesa ainda a situação económica da Alemanha. O chanceler alemão, Friedrich Merz, tem lutado no Parlamento pela aprovação da oposição do seu plano de aumentar de forma significativa os empréstimos do Estado no mercado para se financiar.

O mercado atenta ainda nos acordos por um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, mas as esperanças diminuem, já que Moscovo disse que apoiava a proposta dos EUA, mas impôs algumas condições.

09h19

Ouro a seis dólares de atingir os 3.000 dólares pela primeira vez

O ouro bateu esta manhã um novo recorde ao tocar nos 2.994 dólares por onça, impulsionado - como tem sido desde o início do ano - pela tarifas de Donald Trump contra parceiros comerciais por todo o mundo.

A guerra comercial tem levantado dúvidas sobre a resiliência da maior economia do mundo, que poderá caminhar para uma recessão. A incerteza leva a que os investidores corram para comprar este ativo-refúgio.

A onça de metal amarelo aligeirou os ganhos entretanto e sobe agora ligeiros 0,05% para 2.990,58 dólares. O ouro somou 2,6% esta semana, colocando-o no caminho para o maior ganho desde novembro.

"A barreira psicológica dos 3.000 dólares por onça está à vista", disse Yeap Jun Rong, da IG Asia, à Bloomberg. "À medida que nos aproximamos do segundo trimestre - onde as tarifas recíprocas podem desencadear outra onda de agitação no mercado - o ouro continua a ser um ativo atraente que atua como "porto-seguro" num ambiente onde as alternativas são escassas", acrescentou.

O metal precioso teve um desempenho robusto neste trimestre e dá continuação aos ganhos registados em 2024, uma vez que a agenda comercial agressiva da administração dos EUA diminuiu o apetite por ativos de risco, como as ações. O avanço do ouro também foi apoiado pela compra dos bancos centrais, entradas em EFTs e uma onda de previsões de analistas que acreditam que maiores ganhos podem estar reservados na agenda. 

A guerra comercial escalou esta quinta-feira. Depois da UE ter anunciado que vai retaliar as tarifas dos EUA, Trump ameaçou com taxas de 200% sobre importação de bebidas alcoólicas do bloco - que podem, inclusivamente, afetar 100 milhões de euros das exportações de vinho português.

08h19

Petróleo ganha após mais sanções dos EUA à Rússia e ao Irão

Em Vaca Muerta extrai-se crude não convencional: o “shale oil”.

Os preços do petróleo estão a somar ganhos esta sexta-feira, isto depois de os EUA terem reforçado as sanções contra o mercado petrolífero russo e iraniano, contrariando parte das quedas registadas na sessão anterior. 

A esta hora, o Brent – de referência para o mercado europeu – ganha 1,04% para 70,61 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 1,14% para 67,31 dólares

A Casa Branca decidiu impôr mais sanções ao ministro do petróleo do Irão e a mais empresas e navios utilizados no transporte de petróleo bruto do país, membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo, ao mesmo tempo que restringiu as opções de pagamento para a energia russa.

A decisão veio aquecer os acordos para tréguas entre a Rússia e a Ucrânia, que, ainda que com desenvolvimentos, parecem não estar perto do fim no curto prazo. Volodymyr Zelensky já tinha concordado com o acordo de cessar-fogo de 30 dias proposto pelos EUA, mas o Kremlin começou esta quinta-feira por rejeitar essa proposta. No entanto, ao final do dia, Vladimir Putin abriu portas a um acordo, ainda que com uma lista de condições. 

"O apoio 'morno' da Rússia a uma proposta de cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia reduziu a confiança por um cessar-fogo no curto prazo", disse o analista do IG, Tony Sycamore, à Bloomberg. E acrescentou: "A sensação é de que os EUA não vão suspender as sanções até que concordem com um cessar-fogo."

07h58

Queda nos EUA transfere investimentos para mercados asiáticos. Europa ganha com paz na Ucrânia

Acções asiáticas voltam a cair com receios de regulação na China

As bolsas asiáticas puseram um "travão" às perdas registadas até agora e terminaram a última sessão da semana em alta, à exceção da praça sul coreana, à boleia dos sinais de que os Estados Unidos vão conseguir evitar o "shutdown" do Governo, com o aprovamento do projeto de lei de financiamento provisório mais perto de estar fechado.

"Evitar o encerramento do Governo elimina uma incerteza para os mercados, já nervosos com o crescimento económico nos EUA devido à guerra das tarifas do Presidente, Donald Trump. Dois meses após o início da sua presidência, o sentimento em Wall Street passou do otimismo ao nervosismo", o que tem contagiado as praças por todo o mundo, adianta Bo Pei, analista da US Tiger Securities, à Bloomberg.

No entanto, a queda nas ações dos EUA nos últimos dias tem levado a que alguns investidores transfiram os investimentos dos mercados norte-americanos para os mercados asiáticos, especialmente para a China. 

Aliás, o índice CSI 300, que reúne as 300 principais ações negociadas em Xangai e em Shenzhen, tocou em recordes deste ano, ao ganhar 2,5%, num momento em que os investidores estão mais otimistas quanto a um apoio estatal para impulsionar o consumo.

O Shanghai Composite saltou 1,7%, registando máximos de dois meses, enquanto o Hang Seng ganhou 2,3%. No Japão, o Nikkei subiu 0,7% enquanto o Topix avançou 0,65%. Em contraciclo, na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,28%. 

A Europa aponta também para ganhos, com o Euro Stoxx 50 a somar 0,4%, isto depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, admitir mais negociações com os EUA e a Ucrânia para pôr fim à guerra, embora tenha avisado que qualquer trégua deve conduzir a uma resolução a longo prazo. Ao mesmo tempo, os EUA estão a endurecer as sanções contra a Rússia, restringindo os pagamentos de energia, enquanto prosseguem as conversações de paz. 

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