Tendo em conta os interesses em jogo (Teixeira Pinto quer a "carta de alforria" e Jardim Gonçalves quer continuar a "tutelar" a gestão), a guerra é inevitável. Mesmo que por interposto grupo. Do lado de Teixeira Pinto estão os investidores que se insurgiram contra a alteração de estatutos: Joe Berardo, João Rendeiro, Pereira Coutinho? Do lado de Jardim estão os velhos aliados, entre os quais alguns que sempre foram apoiados pelo anterior CEO do banco (v.g. Teixeira Duarte).

Os apoiantes de Teixeira Pinto conseguirão os votos suficientes para esvaziar os poderes do conselho de supervisão? O fumo dos primeiros tiros não deixa ver (ainda) quantas espingardas tem um e outro grupo. Mas uma coisa é certa: quanto mais tempo se mantiver esta indefinição, pior para o BCP. Os concorrentes, esses, agradecem. Enquanto a administração estiver distraída com guerras intestinas, menos agressiva será. E já vai por aí uma caça aos bons clientes do banco. Oh se vai?