Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Sem orçamento, execução do acordo ficaria “significativamente limitada”

O presidente do CES apela à aprovação do orçamento, que considera fundamental para a "estabilidade" e para a execução das medidas do acordo assinado esta terça-feira entre o Governo, a UGT e os parceiros sociais.

A carregar o vídeo ...
  • ...

A assinatura de um acordo de concertação social "é também uma mensagem enviada à sociedade e aos agentes políticos e económicos", considera o presidente do Conselho Económico e Social (CES), apelando a um entendimento que garanta a aprovação do Orçamento do Estado para 2025.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Luís Pais Antunes considera que o orçamento é necessário como fator de "estabilidade" face ao enquadramento internacional e reconhece que sem a aprovação dessa lei a execução do acordo assinado esta semana entre o Governo, as confederações patronais e a UGT ficaria "significativamente limitada".

O acordo de concertação social assinado esta semana prevê por exemplo o aumento do salário mínimo para 870 euros em janeiro, decisão que apenas depende de um decreto-lei do Governo.

Há no entanto outras medidas como a atualização dos escalões de IRS, o incentivo em IRC para empresas que aumentem salários, a isenção fiscal de prémios de desempenho até 6% do salário base, o aumento do valor de subsídio de refeição isento quando em cartão, a majoração em IRC dos custos com seguros de saúde com trabalhadores ou os incentivos à capitalização das empresas que dependem de uma lei e exigem dotação orçamental.

O mesmo acordo recuou na formulação da descida do IRC e do IRS Jovem, abrindo espaço às propostas apresentadas pelo primeiro-ministro ao PS, que respondeu no dia seguinte.

"A aprovação do Orçamento do Estado é um objetivo desejável", diz Luís Pais Antunes, que é presidente do CES desde o início de julho. "A dimensão dos desafios que o país enfrenta, o enquadramento geopolítico internacional, a própria situação económica na Europa, as incógnitas sobre o que se vai passar após as eleições nos Estados Unidos, a situação de guerra que temos na Ucrânia, tudo isto são argumentos que aconselham a estabilidade política".

Numa entrevista realizada esta sexta-feira, no final da semana em que o acordo foi assinado, e já depois da apresentação da contraproposta de Luís Montenegro ao PS (mas antes da resposta de Pedro Nuno Santos), o presidente do Conselho Económico e Social considerou que a aprovação do orçamento passou a ser mais provável.

"Estamos mais perto de ter um orçamento aprovado do que estivemos", disse, na entrevista. "Significa isso que vai haver um orçamento aprovado? Não sei".

Ver comentários
Saber mais Luís Pais Antunes Conselho Económico e Social (CES) concertação social orçamento do Estado OE2025 aprovação do orçamento do Estado acordo de concertação social
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio