Armando Esteves Pereira

Rendas aumentaram mais de 20% em 30 concelhos no ano passado

Inflação abranda para 1,9% em março

Le Pen impedida de concorrer às presidencias francesas de 2027

Ao minuto:Tarifas atiram Europa para mínimos de dois meses. Aston Martin dispara 12%

Taxa de desemprego sobe ligeiramente para 6,4%

Opinião
Artigos

O incumbente tem vantagem nas eleições

27.03.2025

A campanha para as eleições que ninguém queria já começou. Contudo, se não houver grandes bombas dos casos e casinhos até 18 de maio, o governo tem vantagem, porque na vida dos portugueses, apesar das falhas habituais, da saúde, da educação e de aumento de insegurança, a vidinha corre com mais algum dinheiro no bolso. Este é um argumento decisivo que beneficia quem está no poder.

A angústia do dia seguinte

20.03.2025

É oficial, estamos num novo período eleitoral. No dia 18 vamos de novo a votos e se nas últimas três vezes que escolhemos deputados pensávamos que era para legislaturas de normal duração constitucional, oxalá desta vez se cumpra o desígnio e os partidos saibam interpretar sem conversas acabadas os mandatos recebidos pelo povo soberano. Mas há muita incerteza.

A crise das avenças

13.03.2025

As avenças recebidas pela empresa da família do primeiro-ministro levaram à queda do Governo. O caso merece escrutínio, mas Luís Montenegro prefere novas eleições a ser frito em lume brando numa penosa comissão parlamentar de inquérito. Em maio o pior que pode acontecer é os resultados serem semelhantes aos de há um ano e o país ficar num beco com saída para o pântano, porque esta crise também revela uma atrofia dos partidos cada vez mais dependentes dos favores das suas lideranças internas.

Trágica comédia de costumes

07.03.2025

O país está novamente à beira de eleições, como se a crise política fosse uma inevitabilidade portuguesa. A imprudência de Luís Montenegro com a empresa familiar levou a uma moção de confiança que dificilmente passará, a menos que alguém dê uma reviravolta. Mas as eleições podem ser inconclusivas e podem deixar tudo praticamente na mesma, sem PSD, nem PS conseguirem uma maioria parlamentar estável. Neste quadro falta um adulto na sala com bom senso e previsão de futuro. No país real quase ninguém quer eleições, mas entre S. Bento e Belém não se pensa noutra coisa.

Crise da habitação é erro político

27.02.2025

Entre os países mais desenvolvidos, Portugal é onde é mais difícil uma família com rendimentos médios ter acesso a uma casa. Nas grandes áreas metropolitanas e nas zonas de maior pressão turística, está a tornar-se um sonho quase impossível. Mas nenhum país tem futuro se não houver condições de acesso a uma habitação digna. Há muitos fatores que explicam a crise, mas o problema atingiu esta dimensão, porque a resposta política tem faltado.

Estado mais gordo e mais caro

20.02.2025

A máquina do Estado emprega mais pessoas e os salários médios também crescem. Apesar disso, nos setores essenciais continua a haver serviços deficientes e há a perceção de faltarem profissionais. Isto significa que há um problema maior de gestão e um risco para o futuro.

A mão cara do Estado na TAP

13.02.2025

A TAP tornou-se um tabu político para o Partido Socialista e isso impede a privatização total de uma companhia que provavelmente seria mais bem gerida em mãos privadas. Livrar os contribuintes da empresa, agora que está saudável seria mais útil para o País, mas sem acordo político é mais provável o regresso do modelo de parceiro minoritário, que se tornou ruinoso para o Estado por causa de um erro político do então ministro Pedro Nuno Santos.

Um país à espera de Godot

07.02.2025

A corrida às eleições presidenciais de janeiro de 2026 já é o tema principal do debate político português. Com um mundo em polvorosa e com os abalos sucessivos provocados pela nova administração da Casa Branca, a discussão portuguesa parece um tema bizantino. Há coisas mais importantes, mas não queremos saber. Como país parecemos uma personagem da peça ‘À espera de Godot’.

A camisa de forças da defesa

31.01.2025

A Europa já não pode contar com a despesa americana para suportar a sua segurança. Os países da NATO, entre os quais Portugal, já estão a fazer um esforço hercúleo para chegar a 2% do PIB nos gastos militares, mas a pressão vai subir. Já se fala da meta de 5%. Isso vai levar a decisões difíceis e escolhas entre investimento em defesa ou despesas sociais. Mas também pode ser uma oportunidade de criar indústrias tecnológicas que contribuam para a riqueza do país e mitiguem o impacto social.

Modelo em risco no SNS

23.01.2025

O escândalo de acumulação do anterior CEO do SNS enquanto dirigia a delegação Norte do INEM e fazia trabalho de médico tarefeiro em vários hospitais, do norte, centro e Algarve, levou à demissão de Gandra d’Almeida, mas a verdade é que o modelo, que tem virtudes e potencial, não está a correr bem. E o novo líder escolhido até era um crítico desta opção. Por isso há mesmo o risco do modelo cair, por não haver gente capaz e coragem política de o implementar.

O perigo da moda espanhola

16.01.2025

O Governo espanhol resolveu atacar a crise de habitação com medidas populistas que castigam os alojamentos turísticos e a compra de casa por parte de cidadãos estrangeiros. Por cá não faltam vozes a reclamar medidas idênticas. Mas tal caminho é perigoso e empobrecedor. A solução para o problema tem de ser diferente, com mais oferta e a preços acessíveis.

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