Trágica comédia de costumes

O país está novamente à beira de eleições, como se a crise política fosse uma inevitabilidade portuguesa. A imprudência de Luís Montenegro com a empresa familiar levou a uma moção de confiança que dificilmente passará, a menos que alguém dê uma reviravolta. Mas as eleições podem ser inconclusivas e podem deixar tudo praticamente na mesma, sem PSD, nem PS conseguirem uma maioria parlamentar estável. Neste quadro falta um adulto na sala com bom senso e previsão de futuro. No país real quase ninguém quer eleições, mas entre S. Bento e Belém não se pensa noutra coisa.

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Se a atual crise política não fosse trágica para o país, seria uma comédia de costumes. Um ano após eleições antecipadas, provocadas por um episódio de buscas judiciais que encontraram notas de dinheiro vivo em livros guardados por um chefe de gabinete do primeiro-ministro, estamos agora em novo episódio crítico, porque o atual chefe de governo foi imprudente e não se separou da empresa familiar antes de ocupar

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