Notícia
EUA comprometem-se a pressionar Argentina na indemnização à Repsol
O governo dos Estados Unidos e de Espanha estiveram reunidos. A expropriação da Repsol na argentina YPF foi um dos temas em cima da mesa.
Os Estados Unidos da América comprometeram-se com Espanha a pressionar a Argentina para que pague um preço justo à Repsol pela expropriação da YPF, ocorrida no ano passado, avança a "Europa Press".
A revelação terá sido feita pelo ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo, que reconheceu, ainda, ter-se queixado à Administração Obama do acordo firmado entre a petrolífera norte-americana Chevron com a YPF, para a exploração de petróleo na reserva de Vaca Muerta na Argentina. O acordo foi feito já depois da expropriação.
O ministro espanhol terá confirmado, numa conferência para investidores, que abordou o assunto esta semana com os norte-americanos. A secretária de Estado-adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, visitou segunda e terça-feira Madrid, no âmbito do qual teve reuniões com o ministro espanhol. "Falei com os americanos porque a Chevron está a fazer alguns movimentos não muito apropriados", contou García-Margallo. No entanto, a Administração Obama terá dito que sobre a Chevron nada poderá fazer, mas terá dado o compromisso de "continuar a pressionar" a Argentina para que a Repsol receba uma indemnização justa pela expropriação.
O caso está em disputa, tendo a Repsol apresentado queixa junto do CIADI (Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos), sob a égide do Banco Mundial, contra a Argentina. Também recorreu aos tribunais americanos contra a Chevron, pedindo também uma indemnização por danos e prejuízos resultantes do memorando de entendimento que a petrolífera americana assinou com a YPF. Segundo a Repsol, escreve a "Europa Press", o acordo entre a YPF e a Chevron, assinado a 14 de Setembro último, não é válido pois foi assinado por representantes da empresa argentina que, no entender da Repsol, não têm poderes para assinar um contrato desses, já que foram nomeados indevidamente em assembleia geral.