Notícia
Reino Unido apoia Espanha na contestação à expropriação da Repsol na YPF
O Reino Unido manifestou hoje o seu apoio a Espanha na crise diplomática que decorre entre Madrid e Buenos Aires, após a decisão da Presidente da Argentina de expropriar a posição da Repsol na companhia petrolífera Argentina YPF esta semana.
18 de Abril de 2012 às 14:03
Após o governo espanhol ter anunciado a sua retaliação contra Buenos Aires, a qual terá como alvo o comércio e o fornecimento de energia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, criticou a decisão do governo argentino de renacionalizar 51% da participação de 57% da Repsol na YPF, o maior grupo petrolífero da Argentina.
“Isto é o fim de uma série de medidas de comércio e de investimento conexas tomadas pela Argentina, as quais estão a prejudicar os interesses comerciais e irão deteriorar a economia da Argentina”, disse Hague.
“Vamos trabalhar com Espanha e com os nossos parceiros da União Europeia para assegurar que as autoridades argentinas respeitam os seus compromissos internacionais”, acrescentou.
O Reino Unido acusou no início deste ano a Argentina de tentativa de intimidação das Ilhas Malvinas, após o governo populista de Cristina Fernández ter atacado as reivindicações do Reino Unido pelas Ilhas do Atlântico do Sul durante as celebrações do 30º aniversário da invasão das Malvinas.
Cristina Fernández de Kirchner anunciou no dia 16 de Abril o envio ao Congresso de um projecto de lei para "salvaguardar a soberania dos hidrocarbonetos da Argentina”. Nesse sentido, a presidente da Argentina declarou como sendo de utilidade pública - e sujeita a expropriação – 51% do património da petrolífera YPF, que a espanhola Repsol controla a 57,4%.
O restante está nas mãos do grupo argentino Petersen, da família Eskenazi, que detém mais de 25%, e dos investidores de Wall Street, que detêm 18%. Nos termos deste projecto de lei, o Estado argentino fica com 51% da parte da YPF que está nas mãos da Repsol.
O projecto de lei será votado no Congresso dentro de algumas semanas. Será o Tribunal de Tasación (de avaliação) argentino que decidirá quanto há a pagar pela companhia.
A Repsol investiu 20.000 milhões de euros nos 13 anos decorridos desde que comprou a filial argentina em 1999, e muitos meios políticos davam por segura uma trégua neste conflito em relação à YPF, porém, agora a bomba estoirou.
Notícia corrigida às 18h18
“Isto é o fim de uma série de medidas de comércio e de investimento conexas tomadas pela Argentina, as quais estão a prejudicar os interesses comerciais e irão deteriorar a economia da Argentina”, disse Hague.
O Reino Unido acusou no início deste ano a Argentina de tentativa de intimidação das Ilhas Malvinas, após o governo populista de Cristina Fernández ter atacado as reivindicações do Reino Unido pelas Ilhas do Atlântico do Sul durante as celebrações do 30º aniversário da invasão das Malvinas.
Cristina Fernández de Kirchner anunciou no dia 16 de Abril o envio ao Congresso de um projecto de lei para "salvaguardar a soberania dos hidrocarbonetos da Argentina”. Nesse sentido, a presidente da Argentina declarou como sendo de utilidade pública - e sujeita a expropriação – 51% do património da petrolífera YPF, que a espanhola Repsol controla a 57,4%.
O restante está nas mãos do grupo argentino Petersen, da família Eskenazi, que detém mais de 25%, e dos investidores de Wall Street, que detêm 18%. Nos termos deste projecto de lei, o Estado argentino fica com 51% da parte da YPF que está nas mãos da Repsol.
O projecto de lei será votado no Congresso dentro de algumas semanas. Será o Tribunal de Tasación (de avaliação) argentino que decidirá quanto há a pagar pela companhia.
A Repsol investiu 20.000 milhões de euros nos 13 anos decorridos desde que comprou a filial argentina em 1999, e muitos meios políticos davam por segura uma trégua neste conflito em relação à YPF, porém, agora a bomba estoirou.
Notícia corrigida às 18h18