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Marcelo tem falado com líderes partidários nos últimos dias

Questionado sobre a necessidade de um último apelo aos dois líderes para um entendimento, o Presidente da República respondeu, sem especificar, que já disse "o que tinha a dizer", que "falou com eles muitas vezes" e que sabem o que pensa.

Estela Silva/Lusa
19:17
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O Presidente da República revelou esta segunda-feira que tem falado com os líderes partidários nos últimos dias, garantindo que estes sabem o que pensa e que já disse "o que tinha a dizer".

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após um discurso no âmbito do debate "O 11 de Março, 50 anos depois", no Picadeiro Real, em Lisboa.

O chefe de Estado disse aguardar pelas entrevistas que o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, darão na noite desta segunda-feira à TVI/CNN e SIC, respetivamente.

Questionado sobre a necessidade de um último apelo aos dois líderes para um entendimento, o Presidente da República respondeu, sem especificar, que já disse "o que tinha a dizer", que "falou com eles muitas vezes" e que sabem o que pensa.

Sobre se estas conversas ocorreram nos últimos dias - após a crise política e o anúncio de uma moção de confiança ao Governo - o Presidente da República respondeu afirmativamente, escusando-se a fazer mais declarações.

Na passada quarta-feira, o Presidente da República admitiu eleições antecipadas em maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção, que é debatida e votada amanhã, for rejeitada parlamento, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

Além das entrevistas dos líderes partidários, a agenda política, dominada pela crise que poderá ditar a queda do Governo PSD/CDS de Luís Montenegro, fica hoje marcada por duas reuniões, uma do executivo e uma da comissão política do PS, maior partido da oposição.

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