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Montenegro em resposta ao Chega: "Nenhuma ligação a clientes teve motivação política"
O primeiro-ministro respondeu esta segunda-feira às questões do Chega. No documento, considerou como "abusiva" e "insultuosa qualquer insinuação de mistura entre a atividade empresarial" e voltou a elencar os clientes da Spinumviva já conhecidos.
"É completamente abusiva e até insultuosa qualquer insinuação de mistura entre a atividade empresarial e política de qualquer interveniente nas prestações de serviço em análise. Não há fundamento, não há justificação nenhuma para especular nesse sentido", lê-se nas respostas a que a SÁBADO teve acesso.
À pergunta sobre quem são os clientes da Spinumviva, empresa da família de Luís Montenegro, o primeiro-ministro reforçou que a "Radio Popular, SA; a Solverde, SA; o CLIP - Colégio Luso Internacional do Porto, SA; a Lopes Barata, Consultoria e Gestão, Lda e a FERPINTA, SA", são "clientes regulares da empresa" - informação esta que já havia sido até anteriormente avançada.
Contudo, além destes, houve também outros "clientes ocasionais". Entre estes, destaca-se o grupo de comunicação social, Cofina, assim como a gasolineira Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, indica o comunicado.
No mesmo documento, o primeiro-ministro informa ainda que até julho de 2022, período em que esteve na empresa, "os clientes já conhecidos representaram mais de 86% da faturação". "Depois de sair da empresa, esses clientes já conhecidos, representaram desde julho de 2022 até final de 2024, cerca de 94% da faturação."
Já quando questionado sobre se existe ou existiu algum negócio com a Câmara Municipal de Espinho, Vagos ou outras lideradas pelo PSD, limitou-se a dizer que "não". A resposta foi a mesma quando questionado se houve ou há algum negócio com o Banco de Fomento.
À questão sobre como é que os clientes chegaram ao contacto da Spinumviva, tendo em conta que a empresa não apresenta um website, o primeiro-ministro esclarece: "Os primeiros clientes solicitaram a prestação dos serviços na base do conhecimento que já tinham dos sócios e dos colaboradores da empresa. Alguns outros podem ter tido conhecimento pela 'publicidade' mais eficaz que existe que é dos próprios clientes."
E rematou: "Duas coisas são absolutamente certas. A primeira é que tudo aconteceu dentro das normais, legais e regulamentares práticas do mercado. A segunda é que não há, nem podia haver, influência política. Desde logo porque tudo ocorreu quando nenhum dos intervenientes tinha responsabilidades políticas."