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Espanha explica a Bruxelas medidas de retaliação contra a Argentina

Espanha apresentará hoje a Bruxelas as medidas aprovadas na sexta-feira como retaliação à nacionalização por parte da Argentina de 51% da participação da Repsol na YPF.

23 de Abril de 2012 às 10:38
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O governo espanhol vai hoje apresentar aos parceiros europeus as medidas que aprovou sexta-feira contra a Argentina, no seguimento da nacionalização desta país latino-americano de 51% da participação da Repsol na petrolífera YPF.

O ministro dos Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo, apresentará aos seus homólogos da União Europeia essas medidas, noticiam os jornais espanhóis.

Na sexta-feira, Espanha aprovou, em conselho de Ministros, o aumento das quotas de produção de biocombustível, o que na prática se trata de uma retaliação comercial contra a Argentina de onde era importado a maior parte do biodiesel. Dando condições para aumentar a produção interna, as importações diminuem.

Espanha quer que a União Europeia aprove, também, medidas de retaliação comercial, mas como destaca o "El Mundo", essas não deverão ser hoje discutidas. Na reunião dos líderes europeus de diplomacia deverá, apenas, ser apresentada a estratégia espanhola.

Ainda assim, Bruxelas tem mostrado descontentamento em relação à medida da Argentina. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, declarou, na semana passada, estar "seriamente decepcionado" pela nacionalização e exigiu à Argentina respeito pelos acordos internacionais. A comissária da Justiça, Viviane Reding, também afirmou que "quando alguém ataca Espanha, está a atacar o conjunto da União Europeia".

Segundo fontes comunitárias, citadas pelo "El Mundo", a União Europeia pode levar o assunto à Organização Mundial do Comércio (OMC), ainda que a organização não seja competente em matéria de protecção de investimentos.


O Parlamento Europeu também aprovou, na sexta-feira, uma resolução, onde se prevê retaliações comerciais.

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