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Repsol avança para arbitragem internacional contra a Argentina
Passados cerca de seis meses desde que a Argentina expropriou a Repsol da sua unidade naquele país, a petrolífera decidiu avançar com um pedido de arbitragem por parte do Ciadi, organismo do Banco Mundial.
A Repsol alega que a expropriação representa um incumprimento do acordo para a promoção e protecção dos investidores que foi celebrado entre Espanha e Argentina em 1991. As duas partes tinham seis meses para chegarem a um acordo, o que não aconteceu.
A Repsol viu-se expropriada da sua filial YPF em Abril deste ano. A empresa e a Argentina tinham seis meses, que terminaram em Novembro, para chegar a um acordo antes de accionarem o pedido para que o Ciadi interviesse. O Ciad é a principal instituição de mediação de problemas relacionados com investimentos internacionais.
O Ciad deverá agora constituir o tribunal arbitral onde as partes vão entrar as suas alegações. A Repsol disse, em comunicado citado pelos jornais espanhóis, que vai apresentar pedidos de indemnizações à Argentina.
O caso remonta a Abril deste ano, quando a Argentina decidiu nacionalizar 51% do capital da YPF, esta participação era detida pela Repsol que tinha uma participação de 57,4%. O restante está nas mãos do grupo argentino Petersen, da família Eskenazi, que detém mais de 25%, e dos investidores de Wall Street, que detêm 18%.
Em Maio, a Repsol contabilizou em 5,7 mil milhões de euros a sua "exposição máxima" à YPF e reafirmou a intenção de pedir uma indemnização de 10,5 mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros).