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Rajoy: Expropriação da Repsol "rompe o bom entendimento" de Espanha e Argentina

O primeiro-ministro espanhol expressou um "profundo mal-estar" com a expropriação da participação da Repsol na sua filial argentina. A decisão "rompe o bom entendimento que sempre existiu entre os dois países" e prejudica ambas as partes.

17 de Abril de 2012 às 19:11
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Mariano Rajoy fez hoje as primeiras declarações em que reage à expropriação da participação da Repsol na sua filial Argentina, onde a petrolífera espanhola controlava 51% do capital. A decisão do Governo de Cristina Kirchner "não tem justificação alguma" e provocou um "profundo mal-estar".

Para Rajoy a decisão da Argentina representa um "grave precedente", disse o primeiro-ministro citado pelo jornal "El País".

Foi uma "decisão negativa, desde logo para a empresa que se viu expropriada sem justificação alguma, nem razão económica, porque não existe uma que explique o ocorrido", salientou, segundo as declarações citadas pelo jornal espanhol.

Por outro lado, a decisão "rompe o bom entendimento que sempre existiu entre os dois países, prejudica os dois países e mancha a reputação internacional da Argentina, explicou Rajoy.

Presente no Fórum Económico Mundial, que se realiza em Puerto Vallarta, México, o primeiro ministro espanhol disse ainda que esta decisão é má para a toda a América Latina.

"A expropriação da YPF pode prejudicar toda a América Latina, disse. Os governos da região têm feito um "esforço louvável" para fazer desta região "um destino atractivo e seguro para o investimento e o comércio internacionais" e esse esforço não deveria ser ameaçado por actos pontuais e que podem ser interpretados de forma errada", explicou perante o presidente do México, Felipe Calderón, Otto Perez da Guatemala e Désiré Bouterse, do Suriname.

"Aquilo que aconteceu ontem com uma empresa espanhola, qualquer pessoa pode pensar que vai acontecer amanhã a qualquer outro investimento", insistiu, citado pelo "El País". "Isso representa um grave precedente para o conjunto de relações comerciais numa economia globalizada", acrescentou.
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