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Repsol e YPF ressentem-se em bolsa com conflito Espanha-Argentina

Várias casas de investimento já reduziram o preço-alvo da Repsol e a Fitch cortou o "rating" da YPF.

17 de Abril de 2012 às 10:05
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A Repsol segue a cair 6,38% na bolsa madrilena, para 16,365 euros, depois de já ter estado a afundar 9,04%. A petrolífera está a ser penalizada pelo anúncio, por parte do governo da Argentina, de uma expropriação de 51% dos 57,4% que a Repsol detém na YPF.

Após este anúncio, que já mereceu a condenação por parte do Executivo de Mariano Rajoy – havendo a intenção de apresentar queixa junto do Banco Mundial e de obrigar o Estado argentino a lançar uma OPA sobre a YPF em vez de “expropriar a preço de saldo” – está a fazer com que muitas casas de investimento revejam em baixa o preço-alvo da empresa espanhola. Foi o caso da Merrill Lynch Bank of America, da Jefferies e da Investec, por exemplo.

Mas a YPF também está a ser penalizada. Ontem, os ADR (American Depositary Receipts - certificados de depósito representativos de acções de empresas estrangeiras que são transaccionados em bolsas norte-americanas, como se de acções se tratassem) da filial argentina da Repsol caíram 16% assim que foi divulgada a notícia da expropriação.

Logo a seguir, a agência de notação financeira Fitch anunciou um corte do “rating” da YPF para ‘B’ em moeda local e para ‘AA’ à escala nacional, refere o “Expansión”.

O presidente da Repsol, Antonio Brufau, assegura que a jazida de VacaMuerta é a verdadeira razão que está por detrás da “espoliação” da YPF por parte da presidente argentina, Cristina Kirchner. Recorde-se que no passado dia 7 de Novembro a Repsol anunciou “a maior descoberta de petróleo” da sua História na zona da VacaMuerta, no Sudoeste da Argentina, se bem que a YPF tenha esclarecido que se tratavam de recursos e não de reservas, já que estas devem primeiro ser certificadas.

Brufau disse também ontem, citado pelo “Expansión”, que esta expropriação é uma forma de a Argentina “tapar” a crise social e económica que vive actualmente, num contexto de elevada inflação, de crise dos transportes e de crise cambial.
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