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Arrow Global defende que "não tinha qualquer relação com Maria Luís Albuquerque até à nomeação"
Uma fonte ligada à Arrow, que contratou Maria Luís Albuquerque para administradora, defende que a ex-ministra das Finanças "não esteve envolvida em qualquer acordo ou transacção comercial" que a envolva.
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A Arrow Global defende que Maria Luís Albuquerque, que será sua administradora não executiva a partir da próxima segunda-feira, 7 de Março, não influenciou qualquer negócio da empresa britânica de gestão de crédito malparado.
"A Arrow Global não tinha qualquer relação com Maria Luís Albuquerque até à nomeação. E, antes da nomeação, a Dra. Maria Luís Albuquerque não esteve envolvida em qualquer acordo ou transacção comercial envolvendo a Arrow Global ou a Whitestar", indicou ao Negócios fonte ligada à gestora britânica.
A Whitestar Asset Solutions é uma sociedade comprada pela Arrow Global em 2015, que tem os portugueses John Calvão e João Ferreira Marques como gestores e que o PS já chamou à comissão de inquérito ao Banif para prestarem esclarecimentos sobre o tema.
"A Whitestar foi adquirida pela Arrow Global em Abril de 2015. Antes dessa aquisição, não tinham qualquer negócio em conjunto, não tinham qualquer relação", indica a mesma fonte ligada à empresa que gere créditos em incumprimento.
Isto porque, em 2014, a Whitestar comprou cerca de 300 milhões de euros de crédito malparado ao Banif. Nesse ano, o banco então liderado por Jorge Tomé tinha como principal accionista o Estado português, sendo que a tutela dessa participação era da pasta das Finanças, liderada por Maria Luís Albuquerque. E, segundo o requerimento do PS, a Whitestar foi agora contratada para avaliar a carteira de crédito em risco e imóveis da Oitante, veículo de gestão dos activos do Banif que o Santander Totta não quis comprar aquando da resolução.
Ao Negócios, a mesma fonte ligada à Arrow diz que a Whitestar "não possui carteiras de activos nem de dívida, nem nunca adquiriu carteiras, simplesmente as administra". Ou seja, as carteiras são passadas para terceiros, ficando a geri-las.
A contratação da antiga ministra das Finanças está a gerar polémica no Parlamento português, levantando-se várias dúvidas sobre eventuais incompatibilidades – que vão agora ser avaliadas pela subcomissão de ética.