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Parlamento analisa nova situação profissional da ex-ministra das Finanças esta terça-feira

Depois das críticas de PCP, BE e PS, a ex-ministra das Finanças solicitou a análise do seu caso no Parlamento.

08 de Março de 2016 às 10:50
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A subcomissão parlamentar de ética da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias vai reunir-se esta quarta-feira, pelas 17:00, para analisar a nova situação profissional da deputada do PSD e ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

 

A antiga governante foi contratada pelo grupo britânico de gestão de crédito Arrow Global e mereceu fortes críticas por parte dos adversários políticos dos sociais-democratas, mas também dos agora comentadores e ex-líderes do PSD Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes, entre outras figuras.

 

Os novos patrões de Maria Luís Albuquerque gerem em Portugal uma carteira de crédito de 5,5 mil milhões de euros, tendo entre os clientes os bancos Banif, Millennium BCP, Montepio, Santander, Banco Popular.

 

Depois de PCP, BE e PS terem condenado a atitude da ex-ministra e manifestarem a intenção de levar o caso àquela subcomissão parlamentar, a própria optou por pedir a análise do seu caso.

 

"Solicito à subcomissão de ética a avaliação da situação em causa, manifestando desde já a minha total disponibilidade e interesse em prestar todos os esclarecimentos entendidos como pertinentes", lê-se na carta de Albuquerque ao presidente da subcomissão de Ética, o deputado social-democrata e seu ex-colega no Governo PSD/CDS-PP Marques Guedes, que tinha a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares na anterior legislatura.

 

"A situação em nada configura impedimento ou incompatibilidade com as funções que desempenhei e desempenho", defende a ex-ministra das Finanças.

 

Para Maria Luís Albuquerque, as funções que vai desempenhar são "de natureza estritamente não executiva, centradas numa avaliação dos quadros macroeconómico e regulatório europeus para enquadramento das decisões estratégicas que a empresa venha a tomar no futuro".

 

"Acho que não devíamos criar casos onde não existe nenhum problema de incompatibilidade, nem nenhum problema de ética. A forma como a questão está a ser usada é para fazer chicana política e acho que devia haver limite para estas coisas", alegou, por seu turno, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ex-chefe do executivo de coligação com os democratas-cristãos.

 

Já o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, escusou-se a comentar a situação, afirmando tratar-se se uma questão que "diz respeito à Assembleia da República".

 

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