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"Reduziu-se à comunicação": governador do banco central da África do Sul critica falta de agenda do G20

Lesetja Kganyago criticou a falta de uma agenda definida do G20 e a falta de resposta a "questões globais". A África do Sul está a preparar-se para liderar a organização que reúne as 20 maiores potências mundiais em 2025.

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O governador do Banco de Reserva da África do Sul, Lesetja Kganyago, criticou a falta de uma agenda definida do G20 – o organismo que será liderado por este país em 2025. As declarações de Lesetja Kganyago foram proferidas durante um painel, no âmbito do Fórum do Banco Central Europeu (BCE), que decorre em Sintra.

O líder do banco central sul-africano recordou que o G20 detém uma série de grupos internos como "o W20, entre outros", que discutem temas específicos, mas explicou que falta uma agenda.

"A agenda do G20 continua a mesma e nada aconteceu", criticou Lesetja Kganyago, acrescentando que a organização "não está a responder a questões globais com as quais nos confrontamos, como qualquer país".

Para Lesetja Kganyago, o organismo que reúne as 20 maiores potências do globo tem-se limitado a comunicar: "[Pedem para fazer uma] declaração própria, mas estamos a cingir o G20 à comunicação".  O governador do banco central sul-africano lembrou mesmo as horas que se passam para chegar a acordo "sobre um parágrafo".

A África do Sul está a preparar-se para liderar o G20 em 2025. Num comunicado emitido em fevereiro, o Governo do país considerou que este é um "marco importante para a África do Sul". 

Na sua curta intervenção de encerramento, Christine Lagarde, a presidente do BCE, recordou este facto e dirigiu-se ao governador do banco central da África do Sul para demonstrar a sua esperança de que as medidas sobre o pagamento entre diferentes países avancem sob esta nova liderança do G20. 

"O meu primeiro G20 foi um encontro dos ministros das Finanças na África do Sul. E lembro-me que Lesetja Kganyago estava entre os fazedores nesses grupos do G20. Quanto aos itens que identificou para o canal financeiro, tenho a certeza que os vai levar para a frente e espero mesmo que sim", disse Lagarde. "Pelo bem também dos que pagam taxas massivas sobre o envio de remessas de países desenvolvidos para países que serão, também, em breve, desenvolvidos", acrescentou.

Entre os temas que estão a centrar as atenções nesta organização está sobretudo o acordo para a tributação de multimilionários. As equipas dos ministérios das Finanças das 20 maiores economias do mundo estão a trabalhar numa proposta para criar um regime internacional que leve os super-ricos a pagar um mínimo de 2% sobre a sua riqueza.

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