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"Quadro cada vez mais sombrio" na economia leva Wall Street para o vermelho

Novos indicadores económicos apontam para uma atividade industrial e confiança dos consumidores em queda nos EUA. O Índice do Medo, conhecido por avaliar a volatilidade dos mercados, atingiu o valor mais elevado desde 4 de fevereiro.

Peter Morgan/AP
21 de Fevereiro de 2025 às 21:18
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As bolsas norte-americanas encerraram a derradeira sessão da semana no vermelho, numa altura em que os investidores continuam a acompanhar os avanços e recuos em matéria de tarifas e novos dados económicos apontam para uma atividade industrial no ponto mais fraco em 17 meses.

O S&P 500 cedeu 1,71% para 6.013,13 pontos, afastando-se dos máximos históricos que atingiu na quarta-feira. Já o tecnológico Nasdaq Composite caiu 2,20% para 19.524,01 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 1,69% para 43.428,02 pontos culminando a pior semana do índice desde meados de outubro (-2,51%).

Também a confiança dos consumidores norte-americanos levanta grandes preocupações para a economia. O otimismo das empresas "evaporou", como descreve Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global, na apresentação dos dados do PMI. "Estamos a assistir a um quadro cada vez mais sombrio de incerteza acrescida", descreveu.

Setores mais sensíveis ao estado económico do país, como o de transportes, semicondutores e imobiliário caíram todos mais de 2% esta sexta-feira. O Índice do Medo, conhecido por avaliar a volatilidade dos mercados, atingiu o valor mais elevado desde 4 de fevereiro.

A época de resultados entrou já no "sprint" final, com 425 das 500 empresas que compõe o índice de referência norte-americano a terem já apresentado contas ao mercado. De acordo com dados do LSEG, 76% das cotadas conseguiram mesmo ultrapassar as expectativas dos analistas, que veem o S&P 500 a crescer cerca de 16% em 2025.

Entre as principais movimentações de mercado, a UnitedHealth afundou 7,17% para 466,42 dólares, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que o Departamento da Justiça norte-americano está a investigar a empresa por suspeitas de fraude com o sistema de seguros de saúde público Medicare. O pessimismo alastrou-se a outras  seguradoras norte-americanas, como a Humana e a CVS Health.

A empresa esteve na ribalta no início de dezembro, quando o CEO da divisão de seguros da UnitedHealth Group, Brian Thompson, foi assassinado em Nova Iorque, antes de um encontro com investidores.

Já a Walmart continua em queda, após ter revisto em baixa as suas previsões de vendas e lucros para o ano fiscal em exercício. Depois de ter afundado mais de 6% na quinta-feira – a maior queda diária da empresa em mais de um ano -, a maior retalhista norte-americana perdeu 2,50% para 94,78 dólares.

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