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Escândalo VW: Cinco grupos investigados na América

De vários pontos do globo chegam novos desenvolvimentos, com que a Volkswagen terá de lidar a seu tempo. Nos Estados Unidos, as autoridades alargaram o espectro das investigações a novas marcas.

Bloomberg
02 de Outubro de 2015 às 13:43
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A suspeita de que a Volkswagen poderia não estar sozinha na manipulação dos níveis de emissões poluentes colocou-se desde o início do escândalo. As autoridades que revelaram o caso nunca colocaram de parte essa hipótese. E têm novidades a esse nível.

De acordo com o Financial Times, as autoridades norte-americanas estão a investigar mais de duas dezenas de veículos com motores diesel (movidos a gasóleo) que circulam nas estradas daquele país.


BMW, Chrysler, General Motors, Land Rover e Mercedes-Benz integram a lista. A EPA (Agência de Proteção Ambiental) está a recorrer a veículos de empresas de aluguer e de privados para realizar novos testes de emissões poluentes. As marcas referidas já vieram descartar o cenário.


A Volkswagen admitiu ter instalado "dispositivos manipuladores" que permitiam adulterar as emissões durante os testes em laboratório. Na estrada, o nível de emissões podia ser 40 vezes superior ao permitido por lei. O esquema atinge 11 milhões de veículos em todo o mundo.


O Credit Suisse estima que o custo total deste escândalo possa ser de 78 mil milhões de euros, 60% acima do que teve de pagar a petrolífera BP pelo caso de Deepwater Horizon, escreve a CNN.
Só nos Estados Unidos, recorda a Bloomberg, estão em curso mais de 190 processos judiciais.

Desenvolvimentos espalhados pelo globo

O Ministério Público francês abriu uma investigação por "fraude agravada" contra a Volkswagen, acusando a marca de colocar a saúde pública em risco por ter manipulado os níveis de emissões poluentes. No país existem 950 mil carros afectados por este problema.


Na próxima segunda-feira, 5 de Outubro, a Suíça irá dar início ao bloqueio das vendas de veículos afectados. Será também proibido o registo de carros usados importados com este problema. As contas apontam para 130 mil veículos nas estradas suíças a circular com "dispositivos manipuladores".


Da Alemanha vem o pedido do Governo de que não se transforme este caso particular numa "caça às bruxas" a toda a indústria. O Executivo reforça a garantia de que não tem conhecimento de outras marcas envolvidas no escândalo para além da Volkswagen.


Já o Governo australiano espera ter dados sobre o impacto deste caso no país no início da próxima semana.

Em Portugal, o grupo de trabalho criado para acompanhar o impacto do escândalo em território nacional reuniu-se, pela primeira vez, na manhã desta sexta-feira, 2 de Outubro, para traçar um "plano de acção" a esse nível. Em Portugal são 117 mil os veículos afectados, depois da Seat ter actualizado os dados.

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