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Europa sobe graças à especulação em torno dos juros nos EUA
As principais praças europeias encerraram esta sexta-feira em alta, impulsionadas pela expectativa que a subida dos juros nos EUA vai ser adiada. Os dados relativos ao emprego nos EUA menos positivos sustentam esta ideia.
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As principais praças europeias encerraram em terreno positivo. Depois de ter sido conhecido que nos Estados Unidos foram criados menos postos de trabalho que o esperado no mês de Setembro, cresce a especulação que a Reserva Federal dos Estados Unidos pode não subir as taxas de juro na maior economia do mundo este ano.
Esta expectativa, que paira no mercado, suportou o comportamento positivo das principais praças europeias. O Stoxx 600, índice de referência, fechou esta sexta-feira a subir 0,47%. Entre as congéneres, o PSI-20 liderou os ganhos, ao subir 2,11%, seguido do principal índice italiano, que avançou 1,19%.
"Depois do primeiro choque e dos receios de contágio, o possível atraso na subida dos juros para 2016 aliviou" o sentimento do mercado, disse à Bloomberg Christian Gattiker, da suíça Julius Baer. "Finalmente, esses factores de stress que colocaram todo o mundo sob pressão – uma valorização do dólar e a perspectiva de uma subida dos juros – não vão acontecer em 2015. Isso abre a possibilidade para que as coisas possam acalmar", acrescentou.
Durante a manhã, as praças europeias negociaram em alta, impulsionadas pela expectativa que os dados do emprego nos Estados Unidos corroborassem a visão partilhada por Janet Yellen, líder da Fed, e por outros membros do banco central norte-americano. Yellen defende que a recuperação da economia dos EUA estava intacta apesar dos receios em torno da economia mundial.
Em destaque nesta sexta-feira nas praças do Velho Continente estiveram os títulos do sector energético. A petrolífera francesa Total encerrou a sessão a subir 2,17% para 41,25 euros. A britânica BP avançou 2,69% para 351,45 pences. A portuguesa Galp Energia somou 3,31% para se estabelecer nos 9,299 euros.
Semana negativa na Europa
Apesar da última sessão da semana ter sido de ganhos, no total da semana o Stoxx 600 recuou 0,41%, sendo esta a terceira semana consecutiva de perdas.
A marcar a semana nas praças europeias estiveram os títulos do sector automóvel, pressionados pelo escândalo da Volkswagen devido à manipulação de emissões poluentes. A Volkswagen encerrou a semana com uma queda de 13,92% para 92,36 euros. A também alemã BMW, na semana, desceu 0,86% para 78,21 euros por acção. O grupo francês Renault cedeu 1,13% no total da semana para 64,48 euros. E a PSA, por outro lado, subiu 1,22% no total da semana para os 13,255 euros.
Ainda em destaque durante esta semana esteve a Glencore, que revelou logo na segunda-feira que ia vender acções e activos para reduzir dívida em nove mil milhões de euros. Na primeira sessão desta semana, os títulos da empresa produtora de matérias-primas encerraram a sessão a cair 29,42% na bolsa de Londres para 68,62 pences. Porém, no total da semana a queda foi menos expressiva. A cotada encerrou a descer 2,28% na semana para 95 pences.