A Geosat, operador português de satélites de observação da Terra, o CEIIA, centro de engenharia e desenvolvimento de produto português e acionista de referência da Geosat, e a Satlantis, empresa espanhola especializada no fabrico de câmaras para satélites, vão formar uma aliança para desenvolver uma rede de satélites que vai permitir monitorizar as florestas e zonas costeiras e avaliar o impacto de desastres naturais na Península Ibérica.

O acordo de parceria, que irá representar um investimento de 20 milhões de euros, "prevê reforçar a colaboração ibérica na Constelação do Atlântico e afirmar a liderança de Portugal e Espanha no novo quadro espacial europeu", refere um comunicado enviado às redações.

A "Iberian Space Partnership" vai ser selada esta quinta-feira no âmbito o XVII Encontro COTEC Europa e resulta das ligações desenvolvidas no âmbito da sua rede, que reúne empresas portuguesas e espanholas associadas das organizações dos dois países e que contribuiu para a constituição desta aliança. Segundo a mesma nota, vai ser assinado por Isabel Furtado, anterior presidente da COTEC Portugal, atual membro da sua direção e presidente do CEIIA, e Cristina Garmendia, presidente da Fundación Cotec e co-fundadora e presidente honorária da Satlantis.

"Na prática, a aliança luso-espanhola visa acelerar o desenvolvimento e chegada ao mercado de produtos e serviços inovadores a partir de imagens de satélite para os mercados da gestão do território, infraestruturas, agricultura, sustentabilidade, seguros e segurança e defesa", figurando como "o resultado da primeira iniciativa de cooperação entre empresas ibéricas no âmbito da Constelação Atlântico, e representará um importante acelerador da implementação da Agenda New Space Portugal, consórcio liderado pela Geosat e que inclui vários associados e parceiros da COTEC", diz a organização.

O XVII Encontro COTEC Europa, subordinado ao tema "soberania tecnológica" da Europa, com especial atenção às tecnologias de conectividade, de transição energética e às novas cadeias de valor, prevê a presença dos chefes de Estado dos três países COTEC (Portugal, Espanha e Itália).

No caso de Marcelo Rebelo de Sousa não é, no entanto, claro, em face dos incêndios que assolam sobretudo o norte e o centro do país, cujos municípios afetados estão sob estado de calamidade. A Assembleia da República deu assentimento à deslocação do Presidente da República a Las Palmas, nos dias 19 e 20 de setembro, mas a agenda disponibilizada no "site" oficial da presidência não tem informação para estes dias.