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Wall Street encerra no vermelho depois de corte de juros da Fed

Os ânimos arrefeceram, depois de o S&P 500 ainda ter atingido máximos históricos após a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter avançado com um corte das taxas diretoras em 50 pontos base, o chamado corte jumbo.

Após mais de um ano de mercado altista, os “ursos” derrotaram os “touros” de Wall Street. Por todo o mundo, o vermelho dominou as bolsas.
Brendan McDermid/Reuters
18 de Setembro de 2024 às 21:26
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Wall Street encerrou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, apesar de o esperado primeiro corte de juros em quatro anos ter sido anunciado pela Reserva Federal (Fed).

Os ânimos arrefeceram  depois de o S&P 500 ainda ter atingido máximos históricos após a Fed norte-americana ter avançado com um corte das taxas diretoras em 50 pontos base (o chamado corte jumbo), conforme apontavam algumas previsões. Os principais índices flutuaram com a afirmação do presidente da Fed, Jerome Powell, que disse o banco vai ser paciente e que a redução de 50 pontos base não será o novo ritmo de reduções. 

O S&P 500 recuou 0,29% para 5.618,26 pontos. O Nasdaq Composite desvalorizou 0,31% para 17.573,30 pontos, enquanto o Dow Jones cedeu 0,25% para 41.503,10 pontos.  

As projeções divulgadas após a reunião de dois dias da Fed mostraram que uma ligeira maioria, de 10 entre 19 responsáveis da Fed, favoreceram a redução das taxas em pelo menos mais meio ponto nas duas reuniões restantes de 2024 (em novembro e dezembro). Os decisores de política monetária do país previram ainda um ponto percentual adicional de cortes em 2025. 

Nas projeções económicas, os responsáveis pela política monetária nos EUA reviram ligeiramente em baixa a previsão de crescimento do PIB este ano, para 2% face a 2,1%, mantendo-se o ritmo nos anos seguintes.

Contudo, estão mais otimistas para a inflação, tendo revisto em baixa as projeções e antecipando que o índice de preços com gastos no consumo pessoal (PCE) se fixe em 2,3% em 2024, face aos 2,6% previstos em junho.  "A inflação está agora muito próxima da nossa meta [dos 2%]. Ganhámos uma maior confiança de que a inflação está a reduzir-se de forma sustentável até aos 2%", referiu Powell. 

À Bloomberg, Chris Larken, do Morgan Stanley, referiu que "Os mercados obtiveram o que queriam - um primeiro grande corte por parte da Fed. Agora veremos se ficam satisfeitos. A Fed tem uma reputação bem-merecida de não se apressar, pelo que existe a possibilidade de alguma desilusão se for vista como estando a avançar demasiado devagar, especialmente se os dados económicos continuarem a abrandar. Mas hoje cumpriram o prometido." 

Entre os principais movimentos de mercado, destacou-se a T-Mobile, que perdeu quase 3 % depois de os analistas terem considerado as ambições de crescimento da empresa para os próximos três anos – apresentadas esta quarta-feira -, áquem das expectativas. 

Entre as "big tech", a Apple avançou 1,80%, a Alphabet cresceu 0,33% e a Meta valorizou 0,30%. Por outro lado, a Nvidia cedeu 1,92%, a Microsoft perdeu 1% e a Amazon desvalorizou 0,24%. 

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