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Interpol colocou seis personalidades ligadas à FIFA na lista dos mais procurados

A Interpol colocou seis dirigentes e associados da FIFA na lista dos mais procurados. Entretanto, Joseph Blatter já estará a ser investigado pelas autoridades norte-americanas.

Reuters
03 de Junho de 2015 às 14:35
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A Interpol acrescentou seis nomes de personalidades associadas à FIFA na lista dos mais procurados. Trata-se de uma decisão tomada já esta quarta-feira, 3 de Junho, dando assim seguimento a um alerta emitido em relação a dois ex-dirigentes e outras quatro personalidades associadas ao organismo que tutela o futebol mundial.

 

Segundo o New York Times, dois destes homens, o trindadense Jack Warner, antigo vice-presidente da FIFA, e o paraguaio Nicolas Leoz, ex-dirigente do organismo, foram detidos nos seus países devido a suspeitas de corrupção e extorsão. Warner já terá sido libertado, mas Leoz continua detido, sendo que o "alerta vermelho" emitido pela Interpol significa, explica o New York Times, que estes antigos dirigentes da FIFA podem ser detidos em qualquer dos países para onde viagem.

 

Os outros quatro indivíduos são os argentinos Alejandro Burzaco e Hugo Jinkis e Mariano Jinkis, acusados de envolvimento no pagamento de subornos superiores a 150 milhões de dólares relativos a anúncios comerciais e direitos de transmissão televisivos, e ainda o brasileiro José Margulies que dirigia duas empresas "offshore" envolvidas nas transmissões televisivas de futebol.

 

Blatter investigado nos Estados Unidos

 

A intenção anunciada ainda na semana passada pelas autoridades norte-americanas já se terá concretizado. Ainda ontem à noite o canal de televisão ABC News avançava que o dirigente desportivo suíço já está mesmo a ser investigado devido a suspeitas de práticas de corrupção.

 

Depois de na quarta-feira da semana passada, as autoridades norte-americanas terem decretado a detenção de 14 dirigentes e ex-dirigentes da FIFA, devido a suspeita de corrupção, o organismo prontificou-se a assegurar que tanto Blatter como o seu braço direito na organização, o secretário-geral Jerome Valcke, não estavam envolvidos nem sob investigação.

 

No entanto, uma carta da federação sul-africana de futebol, endereçada a Valcke, e que foi publicada esta terça-feira, aumentou as suspeitas sobre um alegado envolvimento do agora presidente cessante da FIFA nas práticas de corrupção que estão a ser investigadas pelas autoridades suíças e norte-americanas. Há suspeitas de que Jerome Valcke esteve envolvido nas transferências de 10 milhões de dólares para contas controladas pelo trindadense Jack Warner.

 

Apesar das garantias dadas pelos órgãos de informação dos Estados Unidos, a Reuters refere que a procuradora-geral norte-americana, Loretta Lynch, prefere não tecer comentários em relação ao curso do processo de investigação.

 

E questionada sobre se as investigações conduzidas pelas autoridades dos Estados Unidos já tinham descoberto alguma relação entre a atribuição da organização dos mundiais de futebol de 2018 e 2022, à Rússia e ao Qatar, respectivamente, Loretta Lynch notou que "as autoridades suíças têm em curso uma investigação que envolve matérias relacionadas com a atribuição dos mundiais de 2018 e 2022, e para além disso nada posso dizer".

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