Notícia
Justiça investiga ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol
O antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira está a ser investigado pela suspeita de quatro crimes, incluindo lavagem de dinheiro, confirmaram, esta segunda-feira, as autoridades brasileiras.
A Polícia Federal indiciou Ricardo Teixeira pela prática de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público, num relatório produzido em Janeiro, tornado público esta segunda-feira, 1 de Junho, pela revista Época.
O Ministério Público abriu uma investigação na sequência das acusações relativas ao período final da presidência de Ricardo Teixeira - entre 2009 e 2012.
"Esse inquérito decorre sob o máximo sigilo", confirmou Marcelo del Negri, porta-voz do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, à agência AFP.
Segundo o relatório da Polícia Federal, citado pela revista Época, Ricardo Teixeira, de 67 anos, movimentou, durante o período em que esteve à frente da organização do Mundial de Futebol de 2014, elevadas quantias, consideradas "atípicas" pelo Conselho de Controle de Actividades Financeiras (COAF). Em causa, mais de 464 milhões de reais (147,3 milhões de euros).
Ricardo Teixeira assumiu a presidência da CBF em 1989, cargo ao qual renunciou em 2012 supostamente pressionado pelas suspeitas de corrupção.
O dirigente foi antecessor de José María Marín, actual vice-presidente da CBF, que foi detido, na semana passada, na Suíça.
José Maria Marin, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, foi um dos nove dirigentes do organismo mundial de futebol acusados de associação criminosa e corrupção indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.