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Patrocinadores da FIFA podem perder até 100 mil milhões de dólares em valor de marca

A investigação a vários dirigentes e ex-dirigentes da FIFA devido à alegada prática de corrupção poderão implicar perdas de valor nas suas marcas de até 100 mil milhões de dólares aos principais patrocinadores do organismo.

Bloomberg
Negócios 29 de Maio de 2015 às 16:42
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Os maiores patrocinadores da FIFA poderão perder até 100 mil milhões de dólares (cerca de 91,6 mil milhões de euros), no que diz respeito à valorização das suas marcas, devido à associação ao organismo que tutela o futebol mundial, e cuja reputação está seriamente afectada devido às investigações judiciais a alegadas práticas de corrupção por parte de vários dirigentes e ex-dirigentes da instituição.

 

Apesar das perdas potenciais para os principais patrocinadores, a On Strategy, num estudo publicado esta sexta-feira, 29 de Maio, nota que ao longo dos anos estas marcas beneficiaram "de um efeito significativamente positivo" devido à associação do seu nome à FIFA.

 

Assim, tendo em conta os principais patrocinadores da FIFA, a On Strategy refere que o valor da marca da Coca-Cola é de 35,8 mil milhões de dólares, da McDonald’s de 22 mil milhões de dólares, da Hyundai de 8,6 mil milhões de dólares, da Kia de 5,2 mil milhões de dólares e da Visa de 8,5 mil milhões de dólares.

 

Há ainda a Gazprom com uma valorização da marca de 7 mil milhões de dólares, a Adidas cuja marca está valorizada em 6,8 mil milhões de dólares e a Budweiser com um valor da marca de 4,3 mil milhões de dólares.

 

A agência responsável por este estudo específica que estes são valores exclusivamente relativos à valorização da marca e não ao negócio em concreto, pelo que há um factor de intangibilidade difícil de contabilizar. A On Strategy assinala que a perda máxima de 100 mil milhões diz respeito à perda de todo este valor associado às marcas.

 

A ordem de detenção de vários elementos ligados à FIFA, decretada pelas autoridades norte-americanas, afectou a imagem do organismo internacional. A BBC referia ontem que além da Coca-Cola e da Visa, também a Adidas, a McDonald´s, a Hyundai, a Budweiser e a Gazprom reiteraram junto da FIFA que não querem ver as suas marcas associadas a escândalos de corrupção.

 

A On Strategy explica que as notícias de cariz negativo em relação à FIFA também afectam os próprios patrocinadores daquele organismo. E tendo em conta que a FIFA parece pouco disponível para efectuar "mudanças", a On Stategy alerta para o facto de crescerem os "riscos reputacionais" para os patrocinadores.

 

Os actuais patrocinadores mantêm as suas marcas associadas aos campeonatos do mundo de futebol, revela o Telegraph, pagaram entre 6,5 milhões de libras (perto de 9,1 milhões de euros) e 16,5 milhões de libras (23,2 milhões de euros).

 

No entanto, a On Strategy nota que é a própria marca da FIFA que está em maior perigo de desvalorização, tendo perdido 400 milhões em termos de valorização somente nos últimos dias. E perante a incerteza da realização dos campeonatos do mundo na Rússia 82018) e no Qatar (2022), cujos processos de atribuição estão envoltos em polémica, também as receitas provenientes de direitos de transmissão televisiva poderão ser penalizados.

 

Ainda esta sexta-feira, há eleições para a presidência da FIFA, mantendo-se o actual presidente do organismo, o suíço Joseph Blatter, como o principal favorito à vitória. Para derrotar o seu adversário na primeira volta, o príncipe jordano Ali bin Al Hussein, terceiro filho do rei Hussein da Jordânia, Blatter tem de conseguir conquistar dois terços do total de votos das 209 associações que são membros da FIFA. Caso haja necessidade de uma segunda volta, basta uma maioria simples para encontrar o próximo presidente da FIFA.

 

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