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Blatter assume responsabilidade de sair da tempestade, Hussein quer transparência

O presidente da FIFA prometeu que se for reeleito nas eleições desta sexta-feira irá retirar a FIFA da tempestade em que se encontra. Já o seu adversário, o príncipe Ali bin al Hussein promete "transparência" de forma a "restaurar o respeito".

Bloomberg
29 de Maio de 2015 às 17:16
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O actual presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse hoje que se for reeleito vai tirar o organismo da tempestade, enquanto o jordano Ali bin al Hussein, o outro candidato, quer transparência.

 

"Fico como responsável da tempestade, sim, de acordo, aceito essa responsabilidade, prometo uma FIFA forte. Eu quero regressar ao caminho, corrigir a situação da FIFA. Vejo uma FIFA bela, robusta, a sair da tempestade", disse Blatter, que procura um quinto mandato.

 

No seu derradeiro discurso antes das eleições, Ali bin al Hussein prometeu "transparência" de forma a "restaurar o respeito".

 

"Os olhos do mundo estão sobre nós, por isso devemos enviar uma mensagem àqueles que nos observam: 'compreendemos a fragilidade da vossa confiança'. O futuro passa pela transparência. Devemos mostrar que queremos voltar a ter o respeito do mundo", afirmou.

 

Na quarta-feira, véspera do início do Congresso, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

 

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

 

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

 

A FIFA suspendeu provisoriamente 12 pessoas de toda a actividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, Aaron Davidson e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

 

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

 

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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